5˚ POSTAGEM ! - pretendo postar mais hj, mesmo sem comentários nesse

gente, mil desculpas por não ter postado hj o dia todo! eu fui pra casa da minha tia =/
Malody Marie: hahaha, muito obrigada amor! você vai amar os proximos capitulos, tem muita briga, mas sabem o que dizem né? o odio e o amor são bemmmmmmm proximos! hahahahah vou divulgar as suas fics no proximo posts, obrigada pelos comentários =)
Mackenzie: hahahha, obrigada pelo suporte, to feliz que você tenha gostado! essa fic é realmente muito boa, eu viciei totalmente quando li pela primeira vez! aposto que você ainda vai rir muito ainda com o Joe!
Believe in the storm: obrigadaa! ta ai o post =)
New: oooi amore, vou ler sim =) obrigada pelo suporte beijos
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Capítulo 5: PÓ DE MICO

Miley Narrando



O meu primeiro dia na Itália resume-se a roncos, sonhos bizarros de Billy e Denise casando-se e um pouco de baba no travesseiro. Ainda não havia me acostumado com o fuso horário e dormi o dia inteiro. No dia seguinte, no entanto, estava bem descansada e pronta para começar a operação “TERREMOTO”, esse foi o nome que dei ao meu plano de tornar a estadia dos Jonas na Itália um verdadeiro inferno.
Eu observava Emily decorar seu quarto com cortinas, vasos de flores e um monte de frescurinhas cor de rosa. A lembrança de Nicholas Jonas me provocando ao me chamar de “fracote e pirralha”, só aumentava a minha certeza de que eu precisava afastar os Jonas da vida de Billy, pois jamais poderia aceitar um sujeitinho daquele como irmão.
Quando sentei-me na cama de Emily-fofolete, sabia que seria difícil colocar em prática todos os meus planos e eu precisaria de ajuda, alguém em quem pudesse confiar e Emily era a minha única amiga, porém, eu teria que ser muito persuasiva para convencê-la.
“Emily, você me ama?”-Perguntei com minha melhor cara de cachorrinho abandonado.
Emily, que arrastava um puff rosa pelo quarto, parou e me encarou confusa. Ela se aproximou, sentou-se ao meu lado e segurou minhas mãos carinhosamente.
“Olha, Miley ,eu não sou preconceituosa, mas eu não levo jeito para ser lésbica. Além disso, somos primas.”
Arregalei os olhos. O QUE? Ela pensa que sou lésbica?
Puxei minhas mãos, já me estressando.
“Não estou falando desse tipo de amor, sua Fofolete! Estou perguntando se me ama como amiga!”-Disse irritada.
Não era a primeira vez que alguém insinuava que eu era lésbica, e isso me chateava bastante. Só porque eu não fico por aí de amassos com um monte de caras babacas, não significa que sou lésbica.

 “Ufa, que alívio!-Falou ela sorrindo.” Você sabe que é minha priminha favorita, te amo de montãaaaaaaaoooo.”
“Eu preciso da sua ajuda. É importante! Por favor, me diga sim, me diga sim! Você promete?”
“Prometo!”
A louca tava caindo direitinho.
“Preciso da sua ajuda pra tornar a vida dos Jonas impossível, quero enlouquecê-los até eles perceberem que nunca seremos uma droga de família. Então, Billy não casará com a mosca morta da Denise e o meu pesadelo acaba. Topa?”-Coloquei tudo de uma vez pra fora, já temendo sua reação.
O sorriso de Emily sumiu dando lugar a uma carranca de mandona que eu já bem conhecia.
“Miley, isso é muito egoísta...”-Nesse momento tapei os ouvidos, mesmo assim Emily continuou com seu discurso que, graças a Deus, não estava entendendo nada além de um som confuso e sem nexo. Tirei as mãos do ouvido para verificar se ela já havia encerrado seu discurso moralista. “Eles não podem ser tão ruins quanto você imagina, tem que dar uma chance as pessoas de…”- Tapei os ouvidos novamente. Mas ela não cedeu e continuou.
“PORRA,CHEGA MILEY!”-Já não suportando, gritei.
Ela me encarou e seu lábio inferior começou a tremer, ela fez uma cara de quem ia começar chorar. Fala sério!
“Desculpa, Emily, é que eu não estou mesmo a fim de ouvir seu discurso agora, eu preciso de sua ajuda e não de sua aprovação.Você sabe que mesmo que você não tope ser minha parceira nessa operação, eu não vou desistir.”-Eu estava falando sério.
“Não, Miles! Eu nem conheço direito os Jonas.”-Ela respondeu cruzando os braços emburrada.
Revirei os olhos. É, pelo visto eu precisava apelar.
“Você é minha melhor amiga, precisa ficar do meu lado incondicionalmente,a lém disso, eu assumo toda a responsabilidade. E te dou o que você quiser em troca.”
Para minha surpresa, vi a expressão dela mudar de emburrada para interessada.
“O que eu quiser?”
“Sim!”-Confesso que respondi sem pensar.
“Dá a sua palavra?”
“Sim, o que você quiser.”
“Então eu topo!”-Falou ela saltitando.

“Espera, o que você quer afinal?”-Questionei curiosa.
“Em breve saberá, Miles, em breve.”-O sorriso de safadinha encapetada me assustou um pouco. Mas tentei ignorar, afinal, eu havia conseguido o que queria. Uma aliada.
Foi fácil para nós conseguirmos as cópias das chaves dos quartos em uma gaveta de escrivania, no escritório de Billy. Precisávamos saber onde os Jonas estavam para ter certeza de que poderíamos invadir os quartos sem sermos flagradas.
Billy e Denise estavam trancados no quarto, e, Minha Nossa! Nem quero imaginar o que eles estariam fazendo. ECA!
Quando descemos para o andar inferior, notamos que a casa estava vazia, Emily me puxou em direção ao jardim e avistamos os rapazes Jonas na piscina, acompanhados por Taylor, que usava um biquíne desnecessariamente ousado.
Nicholas saía de dentro da piscina, usando uma sunga preta. Ele sacudiu o cabelo sorrindo. Seu corpo era bem diferente do que eu havia imaginado. Não que eu tenha imaginado o corpo daquele idiota…é…bem…vocês entenderam!
As pernas dele eram moderadamente musculosas, peito e abdômen definidos e uma tatuagem de um leão no braço direito. Meus olhos acompanharam uma gota de água que escorria de seu queixo, passando por seu pescoço e descendo livremente até seu umbigo.
Escutei uns murmuros, Emily estava falando.
“Hein?”-Perguntei, sem entender nada, ainda fitando Nicholas.
Ela me deu um tapa nas costas e disse…
“Eu perguntei se você está admirando a paisagem.”-Ela riu. 
“Sim. Quer dizer, não…é …”-Realmente não soube o que responder e isso provocou risos histéricos em minha prima.
“Olha o Kevin ali! Nada mal.”-Sussurou Emily.
Nós fitamos o rapaz alto de bermuda e camiseta sentado em uma cadeira de praia, com os olhos fechados e um livro na mão. TÁ CHAPADO. Pensei.

“O que vamos fazer?”-Perguntou minha prima.
“Acho que é uma boa hora para colocar meu plano em prática”-Disse, arrastando Emily para dentro da casa.
O primeiro quarto que invadimos, graças as cópias das chaves de Billy, foi o de Joe.
Era uma bagunça, roupas espalhadas pelo chão, revista pornográfica jogada na cama, latas de cerveja no criado mudo e pesos de musculação encostados em um canto de parede.
“Tudo bem, agora que estamos aqui, o que você pretende? Arrumar esse chiqueiro?”-Perguntou Fofolete com as mãos na cintura. Eu ri.
Tirei de dentro da sacola plástica que carregava, um pote com rótulo impresso com letras garrafais “PÓ DE MICO“.
“Ai – Meu – Deus! Esse pó vai causar coceiras terríveis neles, eu não vou nem querer ver.”-Disse Emily com olhos quase saltando pra fora.
Mesmo sem vontade, Emily me ajudou a espalhar um pouco do pó de mico nos lençóis bagunçados de Joe, então, nos dirigimos ao closet. Não foi nenhuma surpresa ser tão bagunçado quanto o resto do quarto. Jogamos mais pó de mico no emaranhado de roupas.
“Olha só isso!”-Quase gritou Emily ao tirar de dentro de uma gaveta uma cueca com estampa de oncinha.”Aquele Joe, hein?!-Ela girou a cueca no dedo indicador e caímos na gargalhada.
Fiquei surpresa em não achar no quarto daquele homem enorme instrumentos de tortura ou armas letais. Não é isso que assasinos em série usam?
A próxima vítima foi Kevin. Dessa vez, Emily pareceu empolgada pra invadir o quarto.
Quando entrei, tive que controlar um estranho impulso de sair bagunçando tudo. O quarto era extremamente organizado, os tavesseiros milimetricamente alinhados, a coxa branca sem nenhuma ruga e livros empilhados cuidadosamente no criado mudo.

Invadi logo o closet, enquanto Emily lia os títulos dos livros de Kevin. Por um momento, me perguntei onde ele escondia a maconha, mas esse pensamento foi interrompido pela visão de um closet organizado, limpo e com gavetas personalizadas com etiquetas coloridas, assinalando para quais tipos de roupas eram usadas. As roupas eram divididas por cores, marcas e até tamanho. Ele deveria ter algum distúrbio obssessivo por limpeza e organização.
“Maconheiro maluco!”-Foi a única coisa que consegui sussurar.
“Temos mesmo que fazer isso? Kevin não fez mal nenhum a você.”-Falou a Fofolete atrás de mim.
“Não interessa, ele é um Jonas, não vou deixar passar!”-Falei, já colocando pó de mico cuidadosamente nas roupas de Kevin para que ele não percebesse a invasão.
Por último, adentramos no quarto de Nicholas, agora, o Jonas que eu mais odiava devido a provocação idiota no corredor, enquanto eu tentava carregar minha bagagem. Ah, ele pagaria.
O quarto mais parecia um misto da bagunça de Joe com a organização de Kevin. A cama mal arrumada com um leptop jogado no meio, três livros no criado mudo ao lado de um porta-retrato com a foto dos Jnas e um violão preto em um canto de parede. Mas, não era um simples violão, era um Takamine folk semi-acústico, o tipo de instrumento que eu compraria pra mim.
“Anda logo, Miley, alguém pode chegar!”-Disse Emily, já se direcionando para o closet. Eu a segui.
As roupas eram organizadas apenas por cores e foi fácil espalhar o pó de mico, já que não precisava ser tão cuidadosa quanto fui no quarto de Kevin. Meu prazer naquele momento era imensurável. Mal podia esperar pra ver Nicholas Jonas com coceiras incontroláveis e sem saber porquê. Claro que com ele, eu iria exagerar no pó de mico. Ele merecia.

Quando acabamos com closet, voltamos ao quarto, para espalhar muito pó de mico pela cama. Foi quando ouvimos uma voz no corredor.
“Eu não demoro, Taylor, vou só tomar banho para tirar o cloro.”
Vi Emily ao meu lado ficar branca que nem papel.
Droga, e agora?
Para minha sorte, eu havia trancado a porta quando invadimos, e o tempo que Nicholas levou pra girar sua chave na fechadura, foi o tempo exato para empurrar Emily debaixo da cama e me socar lá também.
Ouvimos Nicholas entrar no quarto. Emily parecia que ia ter um troço a qualquer momento, e não era a única. Conseguimos ver parte das pernas do Jonas, ele devia ter vindo direto da piscina.
Fiquei chocada quando vi a sunga preta cair para seus pés, em seguida, chutou-a para o lado. Emily soltou uma risadinha irritante.
“Podemos dar uma espiadinha?”-Sussurou ela no meu ouvido.
Lancei-lhe um olhar assassino e quase gritei: TÁ LOUCA?
Que sacanagem! Era a segunda vez que ficava em uma situação constrangedora com Nicholas. Por que isso sempre acontece comigo?
Nota mental: ir a uma cessão de descarrego de uma igreja que vi na Tv.
“Vamos dar só uma espiada.”-Mais uma vez sussurou Emily se arrastando para fora,quase saindo do nosso esconderijo. Eu a puxei com violência para perto de mim. Nesse momento, o celular de Nicholas tocou e ele sentou-se na cama e começou a papear. Nós ainda podíamos ver sua panturrilha.
“Oi, Liam,valeu por retornar a minha ligação. Sim, cara, eu estou em Verona.”
Emily, que me pareceu muito tarada, começou a cantarolar baixinho no meu ouvido...
“Vamos ver o pintinho do Nicholas, vamos ver o pintinho do Nichlas…”
CARA, A EMILY VAI MORRER,EU JURO!

“Liam, você ainda esta promovendo aqueles rachas?” –Nicholas fez um pausa para ouvir a pessoa do outro lado da linha. Eu queria sair correndo daquele quarto, e ele conversava tranquilamente?
“Ah, deve ser brincadeira, agora você vive disso? Cara, eu tenho que ver isso com meus próprios olhos. Me manda um e-mail com seu endereço que, em breve, passo aí. Vai ser bom recordarmos os velhos tempos.”
Nicholas se despediu do amigo e caminhou para o banheiro. Emily e eu respiramos aliviadas. Era agora ou nunca!
“Corre, Emily!”
Eu saí pelo lado direito da cama e Emily pelo esquerdo, a porta não estava trancada e isso facilitou nossa fuga.
Já fora do quarto, vi a fofolete levar a frase “Corre, Emily” a sério demais, pois continuou correndo em direção ao andar inferior. Eu ia seguí-la, mas notei o vazio em minhas mãos. 
DROGA, CADÊ O PÓ DE MICO?
Retornei o mais rápido que pude para o quarto de Nicholas, me joguei no chão e alcancei o pote embaixo da cama. Já estava saindo pela porta quando ...
“Miley?”
O susto me fez virar e encarar Nicholas. Meus olhos arregalaram e o pote em minhas mãos deslizou para o chão no momento que o vi pelado. Era a primeira vez que eu via um homem nú, pelo menos ao vivo e a cores e era bem diferente do que eu imaginava, muitooooooooooo diferente, devo frisar. 
“O que está fazendo aqui?”-Perguntou ele sem o menor vestígio de constrangimento.
Rapidamente, apanhei o pote do chão, me virei e fechei a porta violentamente, deixando o Jonas sem resposta dentro do quarto.
Bufei e joguei todo o peso do meu corpo contra a porta atrás de mim. Nunca fiquei tão constrangida, meu rosto devia estar tão vermelho quanto uma pimenta malagueta. 
Queria sumir do mapa, queria que um buraco negro se abrisse na minha frente só pra eu nunca mais ter que encarar Nicholas.

Eu sabia, que nunca, nunca, nunca mais aquela imagem do Jonas pelado ia sair da minha mente. Agora, a sessão do descarrego me pareceu ainda mais atraente.
“Aíííííííí”-Gritei quando senti que a porta atrás de mim havia sumido e meu corpo ia de encontro ao chão. Doeu quando minha cabeça bateu no chão. Pisquei os olhos tentando me recuperar, Nicholas, graças a Deus, já estava coberto com uma toalha. Para meu azar, o peito ainda estava descoberto. Ele ainda segurava a maçaneta da porta e prendia o riso com aquela cara de panaca.
“Agora vai responder o que estava fazendo no meu quarto?”
“Eu..eu...tava...eu...”-Merda! De onde veio essa gagueira? Queria me chutar, mas tudo que consegui foi inventar a mentira mais deslavada que já contei. “Eu vim perguntar se vocês vão sair essa noite...É isso! Entrei sem bater e vi que você não estava. Aí...aí...hum...“
Gagueira de novo, não!
Ver o peito de Nicholas desnudo só fixava ainda mais na minha mente a imagem dele pelado... vou ter pesadelos... ou não. Não importa!
“Aí...aí...hum...?”-O idiota imitou a minha voz, se divertindo com aquela situação.
“Aí, você já sabe!”
“O pessoal quer ir a um clube noturno ou algo do tipo. Está querendo se enturmar, Cyrus? E o que é esse pote em suas mãos?”
Disfarçadamente, encobri o rótulo com a mão e, com o sorriso mais amarelo que dei na minha vida, respondi.
“Ah...ah...Creme de cabelo.”
“Ah...ah... E pra que você quer isso?”-Perguntou ele mais uma vez me imitando.
FALA SÉRIO, QUE ANORMAL!
“Me imite mais uma vez e eu vou...vou...”
“Vai...Vai...?”-Ele soltou uma gargalhada.
Cara, porque eu ainda tou deitada e servindo de piada pra esse jumento?
“Idiota!”-Gritei quando levantei. Saí deixando ele gargalhando sozinho.
Emily e eu éramos as únicas já sentadas à mesa de jantar, esperávamos impacientes pelos outros que ainda não haviam descido. Emily batia irritantemente as unhas contra a madeira da mesa, e eu já estava para explodir em uma crise de ansiedade.

“AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH”
Fofolete e eu nos encaramos já sabendo o motivo do grito que vinha de um dos quartos.
“É agora, fudeu!”-Sussurou Emily pálida.

Capítulo 6: Balada e Confusões

Nick Narrando



“AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH”-Gritei em desespero sentindo todo o meu corpo pinicar como se estivesse sendo perfurado por agulhas minúsculas, fazendo-me ter uma coceira que jamais senti em toda a minha vida! Saí do quarto ao ouvir mais gritos e corri em direção a sala, em busca de ajuda.
Pude, então, perceber que mais duas pessoas corriam atrás de mim com gemidos sem nexo!
Só quando cheguei na sala, foi que percebi o que se passava atrás de mim.
“MEU DEUS! FAZ ISSO PARAAAAAAAAAAR!”-Berrou Joe, esfregando as costas na parede da sala e enterrando as unhas nos braços.
Fiquei surpreso com aquela cena. Afinal, eu e Joe estávamos sentindo a mesma coceira insuportável.
“ME AJUDEM!”-Gritou Kevin pulando e sacudindo o corpo inteiro. “ESTÁ COÇANDO MUITO!”
“EU SEI,CARA, NÃO ESTÁ VENDO QUE EU TAMBÉM ESTOU SENTIDO ESSA MALDITA COCEIRA?”-Berrei atordoado por sentir minhas partes íntimas pinicarem.
Foi uma sensação horrível. Eu não estava suportando, ia coçar ali mesmo na frente dos meus irmãos, mas meu plano foi por água abaixo quando chegaram Miley e Emilly, que vinham da sala de jantar. Denise, Billy e Taylor desciam as escadas assustados com os gritos.
“O que está acontecendo?”-Perguntou minha mãe apavorada com a cena.
Ferrou! Ia ter que suportar a coceira nas minhas partes íntimas. Me contorci o máximo que pude, tentando aliviar minha situação.
“MÃE, ME COÇA!”-Implorou Joe. Denise, confusa, lhe coçou as costas.
“Nick, será alguma alergia?”-Perguntou Billy.
“EU NÃO SEI! PORQUE SÓ NÓS ESTAMOS COM COCEIRA?”-Perguntei em vão, Billy não parecia saber a resposta.
Emily estava com uma cara estranha, como se fosse chorar a qualquer momento. Estávamos em um estado tão deplorável assim a ponto de fazer alguém chorar? Ou rir? Porque Miley estava quase ficando roxa, por estar predendo uma gargalhada, que seus olhos arregalados não disfarçavam.

 me contorcia, Kevin pulava e Joe se coçava nas paredes. Parece que sentimos a coceira se intensificar ao mesmo tempo,tornando-se insuportável.
“AAAAAAAAHHHHHHHH, EU NÃO AGUENTO!”-Berrou Joe, começando a tirar a camisa na frente de todos.
Era isso, só podiam ser as roupas! Porque só comecei a sentir a coceira dos infernos após ter me vestido.
“TIREM AS ROUPAS!”-Gritei, já tirando as minhas, meus irmãos me acompanharam e nossas roupas voavam pela sala enquanto tentávamos aliviar a sensação enloquecedora que sentíamos.
Taylor gargalhou. Me senti idiota, estava vivendo o momento mais constrangedor da minha vida.
Estávamos só de boxers, mas a coceira persistia. Eu já estava ficando vermelho de tanto me coçar.
Foi muito estranho ver Billy tampando os olhos de Miley e Emilly. O que era um pouco irônico, já que Miley, pouco tempo atrás, havia me visto completamente nú.
“NÃO ESTÁ ADIANTANDO!”-Disse Kevin, vermelho que nem um tomate.
Ele tinha razão, a coceira não diminuiu. Joe, em puro desespero, saiu correndo em direção ao jardim. Todos nós o seguimos, só para vê-lo pulando na piscina. Minha mãe colocou a mão em seu peito, achei que ela fosse ter um infarto. Felizmente, Joe gritou...
“PASSOU! PASSOU! A COCEIRA PASSOU!”
Kevin e eu não perdemos tempo e também nos jogamos na piscina.

Pareceu um sonho quando a coceira sumiu, nunca me senti tão aliviado. 
Eu estava pronto para descer pro jantar, quando esbarrei com meus irmãos no corredor. Nós chegamos a conclusão que algo nas roupas provocou o ataque de coceira e, por isso, todos nós agora vestíamos roupas emprestadas de Billy. Elas couberam perfeitamente em mim, mas não podia dizer o mesmo dos meu irmãos. As roupas ficaram largas demais em Kevin e extremamente justas em Joe. Tenho que confessar, Joe ficou muito engraçado com roupas tão apertadas.
Quando chegamos à sala, avistei Miley jogada no sofá, olhos fechados e Emilly ao seu lado, lhe abanando com uma revista.
“O que ela tem?”-Perguntou Kevin para Emily.
“Passou mal de rir.”-Respondeu ela, tristonha.
Me aproximei, e a fitei. Ela, imediatamente abriu os olhos e começou a gargalhar.
Fui direto para a sala de jantar bufando. Lógico que ela devia estar adorando aquela situação.
Passei o jantar inteiro com uma pergunta martelando em minha cabeça: o que causou a coceira? Eu não sabia, mas podia apostar que havia um dedo de Miley nisso, pois ela me encarava satisfeita. Bem, a palavra satisfeita não faz jus a expressão em seu rosto. Ela mais parecia delirando de felicidade.
Todos esses pensamentos se esvaíram quando senti um pé, roçando em minha perna por debaixo da mesa. Deixei escapar um sorriso ao perceber que Taylor à minha frente era dona daquele pé. ESSA NOITE ELA NÃO ME ESCAPA.
Nos dividimos em dois táxis. Os nossos veículos ainda não haviam chegado dos EUA. No primeiro táxi, fomos eu, Taylor e Joe. No outro, foram Miley, Emily e Kevin.

O Pazzo Club era muito popular em Verona. Estava lotado e quase não conseguimos entrar. Eu estava animado, a noite prometia surpresas agradáveis e não via a hora de tomar uma boa dose de vodka com soda. Taylor com sua simpatia nos conseguiu uma mesa perto da pista de dança. Eu já havia percebido que ela era do tipo que sempre conseguia o que queria.
O DJ era muito bom, o som era contagiante e eu já estava louco para cair na pista de dança para liberar todo o estresse.
“DELÍCIAAA!”-Gritou Joe, virando duas doses de tequila.
“Vai com calma, Joe, não vamos exagerar. Billy deixou bem claro que somos responsáveis hoje por toda essa pirralhada.”-Sussurei no ouvido do meu irmão.
“Relaxa, Nick! Tudo sob controle.”-Respondeu ele, sinalizando com o polegar para cima.
Taylor continuava a me provocar com sorrisos maliciosos e olhares cheios de segundas intenções. O que vocês acham? Eu não conseguia entender como ela poderia ter ficado tão interessada em mim, após o triste episódio da coceira.
“Vê se sorri um pouco, Miley! Essa sua cara de pitbull está espantando os gatinhos.”-Pediu Emily. Eu quase ri, preso no pensamento de que Miley espantava os homens com qualquer cara que ela fizesse.
Miley estava carrancuda novamente. Ao que parece, sua crise de riso havia ido embora completamente. Afinal, ela deveria estar mesmo odiando a nossa companhia. E pra falar a verdade, eu pouco me importava.
“VAMOS DANÇAR!”-Gritou Taylor para que todos entendessem, pois a música estava muito alta.
Nós, os Jonas e as garotas Cyrus entornamos toda a bebida que havia nos copos, com exceção, lógico, da garota mais antipática do mundo: Miley Cyrus.

os levantamos animados para nos esbaldar na pista de dança. Não sei porque dei atenção a isso, mas, pela minha visão periférica, vi Emily tentando arrastar Miley para nos acompanhar. Felizmente, a garota anormal se recusou e ficou lá, sozinha na mesa.
O DJ soltou o som de “Fatboy Slim, Rockafellar Skank”. Foi quando formamos um círculo e dançamos juntos. Me senti muito bem, e dancei sem constrangimentos. Mais uma vez não querendo me gabar, vou admitir: sou muito bom dançarino.
Pulamos, agitamos e curtimos por cerca de 40 minutos. Então, percebi que minha sorte começava a voltar quando uma música romântica começou a tocar,“Black Balloon, The Goo Goo Dolls”.
Não perdi a chance de chamar Taylor para dançar. Ela, prontamente, aceitou e os outros dipersaram-se. Já não os podia ver, e nem queria, eu estava muito a fim de dar uns amassos em Taylor.
Minha mão estava na cintura esbelta dela, seus braços em volta do meu pescoço. Não precisei aproximar meu corpo, ela mesma colou seu atraente corpo contra o meu. O clima estava aumentando, nossos corpos mexiam-se no mesmo ritmo. Taylor me fitou com seus olhos azuis em expectativa.
É agora! Pensei, aproximando meu rosto da minha nova “rainha da beleza”. Seus lábios vermelhos já esperavam os meus, entre-abertos, então...
“Nick, temos uma emergência.”-Disse Kevin apertando meu ombro.
PORRA, LOGO AGORA QUE EU IA ME DAR BEM?
Bufei ao sentir Kevin me arrastando pelo braço em direção ao banheiro masculino. Quando chegamos lá, não havia nada incomum, estava vazio.
“O que foi?”-Perguntei chateado.
“É o Joe, ele não quer sair daquele cubículo.”-Respondeu meu irmão, apontando para o único cubículo fechado.
Eu podia ver os pés de Joe. Então, bati na porta.
“Qual o problema, Joe?”
“EU NÃO QUERO MAIS SAIR DAQUI!”-Gritou ele.
“Conta logo o motivo, Joe, eu estou ficando impaciente.”-Disse Kevin aproximando o ouvido da porta.
“Minha calça rasgou na bunda.”-Respondeu Joe, em um fio de voz.

Kevin e eu nos encaramos e as gargalhadas ecoaram pelo banheiro.
“O que? Como assim?”-Perguntei ainda rindo.
“Eu fui paquerar uma garota no bar. Quando me sentei…a costura da calça apertada de Billy cedeu e minha bunda está quase todo à mostra.”
Eu não podia aguentar, me curvei, quase passando mal de rir.
“Cara, sai daí pra nós vermos. Talvez não esteja tão ruim assim.”-Interviu Kevin.
“Eu não quero, vocês vão rir mais ainda.”
“Deixa de ser idiota, Joe, você não vai poder ficar aí para sempre.”-Falei batendo novamente na porta.
“Nem pensar, eu não tenho mais coragem de sair daqui. E se continuarem rindo, eu juro que vou espancar vocês até a morte.”
Não adiantou. Aquilo nos fez rir ainda mais.
Recuperei o fôlego e me obriguei a manter uma voz firme e altiva, na tentativa de acabar com a infantilidade do meu irmão mais velho.
“CARA, SAI LOGO DAÍ! SE NÃO SAIR, NÓS VAMOS ARROMBAR ESSA PORTA. DEIXA A GENTE VER SUA BUNDA!”-Gritei.
Kevin pigarreou sério, gesticulando em direção à porta atrás de mim. Virei-me e me deparei com um senhor que, provavelmente, só ouviu a minha última frase. Ele parecia assustado.
“Oh, não, não…Não é nada disso que o senhor está pensando!”-Disse constrangido.
“Ele é nosso irmão, a gente só quer dar uma espiadinha!”-Completou Kevin. Isso fez o senhor arregalar os olhos e sair quase correndo.
“GRANDE AJUDA, KEVIN. VIU SÓ, JOE? AGORA VAMOS FICAR CONHECIDOS COMO OS TARADOS DO BANHEIRO.”-Gritei chateado.
“Sai logo, não vou passar a noite toda aqui!”-Reclamou Kevin.
“Vocês prometem não rir?”-Perguntou ele, envergonhado.
“Prometemos.”
Joe saiu cabisbaixo do cubículo e, entamente, virou-se para nos mostrar seu “pequeno acidente”.
O que posso dizer? Não era nada pequeno, era um rasgo enorme na bunda, deixando à mostra uma cueca com estampa de oncinha.
Kevin e eu nos encaramos. Sabíamos que iríamos apanhar de Joe, mas a gargalhada foi impossível de controlar.
Demoramos cerca de um minuto para nos recuperar. Joe continuava cabisbaixo.

Tudo bem, tudo bem. Não é o fim do mundo. Eu tenho um plano.”-Falei calmo, tentando contornar a situação.
“Que plano? Tirar toda a roupa dele e dizer que ele é um stripper com essa cueca de oncinha?”-Brincou Kevin.
“Não. É o segunte, Kevin, você vai no bar e traz uma garrafa de tequila e uns copos, Joe bebe algumas doses, o suficiente pra ele ficar desinibido, daí podemos sair daqui. Afinal, já vi Joe bêbado fazer coisas piores do que sair por aí com a calça rasgada.”-Respondi, me sentindo um gênio.
“Vai funcionar!”-Afirmou meu irmão mais novo já saindo do banheiro.
Encarei Joe e não resisti a pergunta.
“Mano, pra que essa cuequinha de onça?”
Ele já ia abrindo seu típico sorriso tarado, quando o interrompi…
“Deixa pra lá, eu prefiro nem saber!”
Não demorou até que Kevin voltasse. Joe esvaziava os copos de tequila que nós os servíamos.
“Ei, já que estou aqui enchendo a cara, vamos fazer um brinde?”-Perguntou o bizonho do meu irmão.
Dei de ombros. Afinal, a noite não podia piorar. Nós enchemos três copinhos e os erguemos no ar.
“Um brinde a Itália.”-Falou Kevin sorrindo.
“NÃO, UM BRINDE A BUNDA DO JOE!”-Gritei brincando.
“Posso brindar a bunda também?”
Olhamos surpresos o homem, ou melhor, a bicha vestida de rosa na porta do banheiro.
EU ESTAVA ENGANADO, A NOITE PODIA PIORAR.

Miley Narrando

Eu estava muito p* da vida. Não havia me conformado com o fato de Billy ter colocado o idiota do Nicholas como responsável por nós, como se eu precisasse de um responsável. Como se eu precisasse de proteção. Ridículo.
Todos haviam sumido na pista de dança. Eu estava entendiada na mesa, bebendo minha cerveja como se fosse água, na tentativa de me anestesiar. Era um saco ficar vendo casais se esfregando na pista de dança. Qual era a graça afinal, ficar com caras que nem lembrariam seu nome no dia seguinte?
“Te deixaram sozinha, amore? Vi você chegando com um grupo de americanos.”
Sobressaltei ao perceber um cara grande, careca e tatuado, sentando-se ao meu lado.
“Não estou a fim de companhia.”-Respondi ranzinza.
“Tudo bem, percebi o lance entre você e a loira baixinha. Eu não me importo, curto uma lésbica.”-Disse ele, tocando meu cabelo.
Porra! Vou ter que escrever na testa “não sou lésbica”? Esse babaca só pode estar querendo apanhar.
“Cai fora, King Kong!”-Falei, levantando-me para dar o fora, já perdendo a paciência. O palhaço segurou meu braço com força. Avistei Emily e Taylor a poucos metros de mim, pálidas, achando talvez, que eu não dava conta do grandalhão. Elas estavam enganadas.
“Vem cá, docinho, eu te acalmo.” DOCINHO?ELE ME CHAMOU DE DOCINHO? Ele estava ferrado.
“Toma o docinho na cara!”-Falei, socando-lhe com toda a minha força.
O King Kong gemeu, colocando as mãos no nariz. Só aí, vi mais quatro grandalhões mal encarados aproximando-se de nós.
Oops!

Nicholas Narrando

Joe já estava bem zuado, e nós já podíamos sair do banheiro. Eu estava louco para retornar a minha dança com Taylor, não queria mais momentos constrangedores naquela noite.
“Rápido! Precisamos de ajuda!”-Gritou Emily adentrando no banheiro, aflita com Taylor em seu encalço.
“O que foi?”-Perguntou Kevin, confuso.
“Anda, é a Miley!”-Disse Taylor alterada.
Corremos para fora do banheiro e, ao longe, já podíamos avistar Miley, cercada por cinco homens grandalhões.
CARA, MAIS ESSA AGORA? DROGA DE NOITE!
Ela parecia os xingar, peitando-os como se fosse páreo para eles. Quem essa pirralha pensa que é? Uma vampira?
“Que vamos fazer?”-Perguntou Kevin.
“Nick, pelo amor de Deus, faz alguma coisa.”-Berrou Emily no meu ouvido.
“Tudo bem, eu vou resolver isso, fique aqui com Taylor. Eu mesmo vou matar Miley.”-Resmunguei para Emily indignado por saber queMiley havia aprontado. 
Joe, já alterado pela bebida, me acompanhou estalando o punho. Kevin parecia tranquilo. 
“Com licença, qual o problema, senhores?”-Perguntei, tentando ser amistoso.
“Não é da sua conta, sai fora, moleque.”-Respondeu o homem careca me menosprezando. 
“É, sai fora, Jonas, eu dou conta desses King Kongs!”-Gritou Miley.
A encarei, furioso. Que garota mal agradecida! Mas eu não podia deixar ela ali, Billy me responsabilizaria.
“Vamos embora!”-Falei, puxando-a pelo braço, mas foi inútil, já que o grandalhão mantinha suas mãos no outro braço dela.
Pela minha visão periférica, vi os homens que o acompanhavam, se posicionar como se fossem nos atacar.
“Aí, cara! Solta a menina!”-Disse Joe, e eu sabia que ele ia avançar no homem a qualquer momento.
“Ela vai ficar comigo, vocês são burros ou o que, seus americanos bichas?”
AMERICANOS BICHAS? PERDI A NOITE MESMO, VOU CHUTAR O BALDE.
“VOU TE MOSTAR QUEM É BICHA!”-Gritei lhe dando um gancho de esquerda.
A confusão estava armada.

Tudo aconteceu tão rápido que eu não conseguia assimilar todos os fatos. Socos e chutes foram trocados entre nós e eles, que estavam em vantagem numérica. Garrafas voaram e uma delas acertou minha cabeça, abrindo um pequeno corte. Joe jogava um dos italianos contra uma mesa, Kevin se esquivava de um soco e eu juro que vi Miley pendurada nas costas de um cara, lhe batendo com uma garrafa. Peguei uma cadeira e acertei o sujeito careca prepotente que revidou, me dando um soco no estômago. Não sei de onde Joe surgiu, mas o chutou entre as pernas. Dois idiotas agrediam Kevin. Me joguei em um deles e o espanquei com força. Ouvia ao longe os gritos de Taylor e Emily que imploravam pra que parássemos. Ainda bem que elas não se meteram na confusão, ao contrário da insana da Miley que, mesmo pequenina, engatinhava no chão, fugindo das garrafas. Então, mordeu a perna de um cara que estava preste a me atirar uma cadeira.
Resultado da briga: Eu, com corte na cabeça e vários hematomas. Joe, com um olho roxo, calça rasgada e, agora, também a camisa. Kevin, despenteado e com o lábio cortado. Miley, com um corte no braço e o supercílio ferido. Taylor e Emily, com a maquiagem borrada de tanto que choraram, e todos nós jogados no chão da cela de uma delegacia qualquer de Verona.
Os grandalhões italianos também foram presos, mas os policias os colocaram em uma cela distante, já que eles eram mais barulhentos.
“Porque estão aqui, hermanos?-Perguntou o homem que aparentava ser latino ao meu lado, em uma mistura de nossa língua com espanhol. Ele vestia uma jaqueta velha de couro, uma calça frouxa e um lenço vermelho amarrado na cabeça. O cara ao lado dele, que usava um chapéu de cowboy sorriu simpático para mim. Ele também tinha um fisionomia latina.

“Entramos numa briga!”-Respondeu Joe, sorrindo. Ele era o único cara que eu conhecia, que conseguia ficar feliz com uma briga.
“Oh, e vocês ganharam la lucha?”-Perguntou o homem de chapéu.
“Acho que sim, pois os caras em que nós batemos, ficaram bem piores que nós.”-Respondeu Miley, se intrometendo na conversa.
“E vocês, porque estão aqui?”-Perguntei curioso.
Eles, os latinos, olharam-se e riram.
“Foi la danadita que nos colocou aqui.”-Respondeu um deles, alisando o bigode.
“La danadita? Será que posso conhecê-la?”-Perguntou Joe sorrindo. Deveria estar ainda sob o efeito da tequila.
“Si, si, compadre. Quando todos nós sairmos daqui.”
Fiquei confuso, “la danadita” não me parecia ser uma mulher.
“Nosotros viemos de Colombia e fuemos barrados en el aeropuerto quando acharam la danatida em la mala.”-Falou o homem de lenço na cabeça.
Vi Miley e Kevin arregalarem os olhos pra mim, e eu já sabia o porque da reação deles. NARCOTRAFICANTES. Constatei.
“Como ela coube dentro da mala?”-Perguntou Joe. O que eu podia fazer? Baixei a cabeça, lastimando por ter o irmão mais burro do mundo.
“Jonas e Cyrus, já podem sair, seus pais estão aqui.”-Avisou o policial, abrindo a cela.
“Nós vamos nessa!”-Falei, apertando as mãos dos colombianos, enquanto via as garotas Cyrus e Kevin sair rapidamente.
“Poxa, vocês são tão gente fina, meus hermanos!”-Disse Joe, ainda bêbado, abraçando os narcotraficantes.
Eu o puxei pelo que sobrou da camisa, enquanto ele gritava melancólico.
“Eu encontro vocês, compadres, quero conhecer la danadita.”
EU MEREÇO?!
Estávamos todos cabisbaixos sentados à mesa de jantar. Me sentia constrangido naquele momento e parecia que eu não era o único. Minha mãe nos fitou tristonha.
“Fazem apenas alguns dias que estamos na Itália. Alguém pode me explicar como vocês já conseguiram ser presos?”-Perguntou Billy, altivo, com uma expressão incrédula.
Todos nós sabíamos de quem era a culpa, e encaramos, furiosos, Miley.
“O que?”-Perguntou ela confusa.

“Só houve uma coisa que me preocupou mais do que o fato de vocês terem sido presos.”-Afirmou Billy.
“O quê?”-Perguntou Taylor.
“Como Joe rasgou as calças?”
Todos riram. Exceto eu.
Sentei-me e coloquei a cabeça na mesa. Eu não aguento!