Capítulo 11: Declarando-se
Miley Narrando
Coloquei uma mão no rosto, não acreditando na situação que estava. Me preparei para desvencilhar-me daquele braço forte, mas minha coragem foi roubada por um sussurro junto ao meu ouvido.
“Miley...”
Revirei os olhos, dando-me conta de que se tratava de Nicholas. Eu não precisava olhar para trás pra saber disso. Considerei a possibilidade de dormir mais um pouco, pois minha cabeça doía muito. Relaxei, me aconchegando ainda mais nos braços do homem atrás de mim. Fechei os olhos e cedi ao sono.
Minutos depois, alguém me cutucou. Sem vontade, abri os olhos.
“Vamos embora, seu pai deve estar em desespero. Ou vai ficar aí deitada o dia todo com seu novo namorado?”-Nicholas falou sério, de pé à minha frente.
Ainda sentia o braço em volta da minha cintura. Espera aí, se não era o Jonas que estava dormindo comigo, quem era?
Abruptamente, me virei para checar.
“AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!”-Gritei ao ver o narcotraficante de lenço na cabeça que sorria, malicioso.
“Bom dia, muchacha.”
Levantei-me do sofá velho tão rápido que quase fui ao chão. O idiota do NICKZINHO riu, divertindo-se.
“Por que me deixou dormir com um narcotraficante?”-Dei um soco no ombro do estúpido.
“Antes ele do que Liam.”-Sorriu torto.
“Foi la mejor soneca de mi vida.”-O colombiano parecia incrivelmente satisfeito.
“Ela é cheirosinha, né?”-Nicholas zombou só pra me tirar do sério.
Coloquei as mãos na cabeça, determinada a não surtar, não àquela hora da manhã, de ressaca.
“Onde está Liam?”-Tentei mudar de assunto.
“Foi embora há alguns minutos atrás, disse que ia tentar resolver o assunto do roubo do Aston Martin. Liam quem dormiu aí no sofá com você.”-Ele revirou os olhos. “Quando saiu, pedi o chapadão pra deitar com você. Só queria mesmo, só para sacanear.”
Acho que o babaca gostava de apanhar, só podia ser! Ainda assim foi um alívio imensurável saber que eu não tinha passado horas agarrada com aquele latino estranho. Porém, me questionava o porquê de pensar que era Nicholas dormindo comigo e não meu namorado. Não fazia sentido.
Quando voltamos para casa, um verdadeiro cerco de policias estava armado no local. Perdi um tempo precioso explicando a eles o que havia acontecido, juntamente com os demais. Todo mundo queria contar sua versão dos acontecimentos ao mesmo tempo e a bagunça foi grande. Joe falou do porco, que usaram como arma, Marius do Strip poker, Emily não esqueceu os seguranças e Nicholas ficou perdido entre o arrastão e os narcotraficantes, que ninguém lembrou de perguntar o nome. Por fim, os policias foram embora zangados achando que nossa história era algum tipo de piada de mal gosto. O delegado prometeu que tomaria as devidas providências, mas não conseguiu ser convincente. Notei que até mesmo meu pai teve dificuldades de acreditar na nossa versão da noite passada. Ele não insistiu com as autoridades, mas jurou que ficaria de olho em mim o tempo todo para que eu não me envolvesse em mais problemas. Lógico que eu não gostei nadinha.
Fui para o meu quarto,tomei um banho demorado, vesti um jeans e uma camiseta e comecei a pensar em como contaria a Billy que eu iria viajar. Olhei para o relógio ansiosa, dando-me conta de que eu não poderia perder mais um segundo. No closet, peguei um punhado de roupas e as joguei em cima da cama. Quando vi as peças lá, jogadas, me perguntei se estava fazendo a coisa certa. Realmente queria passar um tempo com meu lobo, mas parecia-me, de certa forma, precipitado, com pouco tempo para organizar as coisas na minha vida e na minha cabeça. Suspirei, sentando-me na cama, já considerando a possibilidade de pedir a Liam que não fôssemos ainda.
Foi aí que Billy entrou no quarto sem bater, com uma expressão de insatisfação que, raramente, via nele.
“Destiny Hope Ray Cyrus. Precisamos conversar!”
Nossa, quando ele me chama pelo nome completo, coisa boa não pode ser!
“Seja lá o que for, não fui eu.”-Adverti logo.
“Que história é essa de você viajar para Paris com um rapaz?”
Arregalei os olhos, surpresa. Como ele sabia dos meus planos? Ninguém sabia.
“Não vou viajar.”-Menti, ainda perplexa.
“E o que é isso em sua cama?”-Perguntou ele, apontando para as roupas.
Mentir não ia mesmo adiantar. Eu não era muito boa nisso.
“Tudo bem, eu vou para Paris com Liam, volto em algumas semanas. É só. Pode me deixar sozinha agora?”-Respondi dando de ombros.
“Não vai a lugar algum, eu te proíbo, Miley. Aliás, te proíbo até mesmo de ver esse tal rapaz. Fazem apenas algumas horas que foi raptada por causa dele, nem quero imaginar o que poderia acontecer com você em outro país.”-O tom da sua voz aumentava gradativamente, gotas de suor formavam-se em sua testa.
Não permitiria que ele me tratasse como criança.
“O Liam não tem culpa do que a louca da Susan fez! E você não tem nenhum direito de me proibir de nada, já sou grandinha não tenho mais doze anos, Billy. Sei me virar em qualquer lugar.”-A raiva começava a me dominar lentamente.
“Isso é um disparate, seu lugar é aqui com sua família e não solta pelo mundo com um garoto que mal conhecemos!”-Agora ele estava realmente alterado.
Quando ele pronunciou a palavra “família”, meu peito encheu-se de dor.
“Família?”-O encarei, cerrando o punho.“Que família? Pelo que eu saiba, não tenho família desde que resolveu noivar com a mosca morta! Está completamente cego por ela. Eu e Taylor simplesmente não existimos mais para você!”-A muito tempo eu queria por aquelas palavras para fora. Foi uma sensação boa e ao mesmo tempo ruim.
“Não fale asneiras! Você e Taylor são tudo pra mim. Eu sei que as coisas estão um pouco diferentes agora porque tenho me dado ao luxo de ter um momento só meu, depois de anos sendo o pai e a mãe de vocês. Me desculpe se estive muito ausente, eu só... só... queria me sentir vivo novamente.”-As últimas palavras saíram em um fio de voz.
“Você precisa de um mulher ridícula para se sentir vivo? Ok, eu que falo asneiras, não é? Eu não sabia que nós fazíamos você se sentir morto.”-Ironizei engolindo seco.
“Não é isso, está deturpando minhas palavras. Não entende, Miley. Mesmo amando muitíssimo você e sua irmã, desde que sua mãe se foi...”-Nesse momento, eu achei que ele não conseguiria completar a frase, mas, para minha angústia, continuou. “Desde que Tish se foi, não amei mais ninguém, passei muitos anos sozinho, convivendo apenas com as lembranças do passado. Finalmente, encontrei Denise, que é uma mulher maravilhosa, uma mulher que amo muito e esse amor me fez rejuvenescer. Agora, não sou mais só o pai ou o médico, sou Billy, o homem. Por que é tão difícil para você entender? Tão difícil aceitar?”
Fiquei por alguns segundos apenas fitando-o. Por mais que eu quisesse entendê-lo, não conseguia. Será que meu pai não percebia que eu precisava dele tanto quanto ele precisava de Denise?
“Nada justifica... nada! Ela tem o melhor de você e eu só tenho as broncas e indiferença?”-Murmurei lhe dando as costas.“Chega!”-Esbravejei. “Não quero falar sobre o seu casinho! Só quero ir embora daqui, ficar longe de você, da sua noiva, dos filhos dela, de toda essa nova família que você tanto preza e que de forma alguma faço parte.”-Já não conseguia esconder a minha dor, porém nenhuma lágrima caiu de meus olhos. Era melhor assim, minha força era a minha única aliada.
“Miley, vou ter que me impor como pai, por mais que você se chateie, não posso autorizar essa viagem! Não vou mais fazer vista grossa, mocinha! Já está mais que na hora de você ter limites! Então, essa é a minha última palavra, esqueça Paris e Liam.”-Não precisava ver o rosto dele para saber o quão sério falava, a determinação em sua voz me fez estremecer.
Virei-me ardendo em ira e pronta pra explodir.
“A VIDA É MINHA, FAÇO DELA O QUE EU QUISER. NÃO VAI ME PROIBIR DE NAMORAR QUEM EU QUERO! VOU SIM NESSA DROGA DE VIAGEM E TALVEZ NUNCA MAIS VOLTE!”-Gritei o mais alto que pude.
“Não vou discutir mais, isso não está nós levando a lugar algum.”-Meu pai cruzou os braços, voltando a sua calma habitual. “Quando seu momento de adolescente rebelde passar, voltamos a conversar. Por enquanto, fique aqui e repense as bobagens que falou. Minha filha, estou fazendo isso para o seu próprio bem.”
Quando ele saiu do quarto, comecei a socar uma parede, gritando enraivecida. Queria pôr toda a raiva para fora, mas não estava conseguindo.
Estava decidido, eu iria para Paris de qualquer jeito. As dúvidas já não importavam.
Rapidamente, coloquei as roupas que estavam na cama em um mochila, não me preocupando com o que estava levando. Só queria dar o fora daquela casa, sair do hospício e ter um pouco de paz longe de todos. Com minha pequena bagagem pronta, liguei para Liam e ele logo atendeu. Foi bom ouvir sua voz amigável, e melhor ainda, saber que ele já esperava-me no hotel. Ele me passou o número do quarto e o andar onde encontrava-se.
Faltavam algumas horas para o vôo, mas eu queria sair imediatamente dali, pretendia correr para os braços de Liam. Um abraço era tudo o que eu necessitava, após a dolorosa discussão com meu pai.
Joguei a mochila pela janela e saí do quarto fingindo tranquilidade para passar despercebida. Na sala, avistei somente Taylor e Denise conversando. Elas não se deram conta de que eu estava fugindo. Logo que me afastei da entrada da casa, corri para o jardim, em direção à minha janela, onde, no chão próximo a ela, a mochila estava. Fiquei parada por um segundo encarando-a. Então, após um longo suspiro a peguei. Era melhor eu sair dali rapidinho e pegar um táxi antes que Billy notasse minha ausência.
“Onde vai?”
Virei-me assustada só para dar de cara com o maldito Nicholas. Ao encará-lo, a ficha caiu.
“Foi você, seu desgraçado!”-Irada, tentei socá-lo, mas ele deteve meu punho. Queria esmagar o crânio do infeliz.“Não acredito que foi tão covarde a ponto de me apunhalar pelas costas. Isso foi baixo até mesmo para alguém como você!”-O imbecil segurou minhas mãos, deixando-me sem ação e totalmente zangada.
“Posso ao menos explicar?”-Perguntou o sujeitinho.
“Miley?”-Ao longe, ouvimos a voz de meu pai. Quando olhei para cima, percebi que vinha de dentro do quarto.
O Jonas soltou-me e eu não perdi tempo. Corri para fora do jardim o mais rápido que pude, até chegar a uma esquina próxima, torcendo para encontrar um táxi.
“Não vá, preciso falar com você!”-Pediu Nicholas, correndo atrás de mim.
Não queria encará-lo. A mágoa e o rancor fervilhavam em minhas veias.
Nicholas Narrando
Miley parou de correr, mas não virou-se para mim. Pus uma mão em seu ombro, obrigando-a a me fitar. Seu olhar acusatório e amargo fez-me sentir realmente um traidor.
“Precisei contar para Billy sobre a viagem, isso foi para o seu próprio bem, acredite.”-Minhas primeiras palavras foram calmas, embora não me sentisse da mesma forma.
Cyrus afastou-se bruscamente.
“Todo mundo resolveu agora interferir na minha vida? Para o meu próprio bem? A única pessoa que sabe o que é melhor para mim sou eu mesma.”-Bateu no próprio peito. “Não um pai ausente ou um Jonas traidor. Vou para Paris e talvez nunca mais volte, provavelmente caia na estrada com meu namorado.”-Era notório seu nervosismo e a raiva contida em suas palavras.“Não acredito que confiei em você. Como sou tola de confiar no inimigo! Lógico que você só estava esperando a oportunidade de me ferrar! Parabéns, Nicholas, conseguiu! Espero que tenha se divertido com a troca de farpas entre mim e meu pai.”
Passei a mão pelo rosto, chateado por não conseguir encontrar as palavras certas que a fizessem entender o porquê da minha atitude egoísta.
“Miley... Não sou seu inimigo, não foi minha intenção provocar um conflito entre você e Billy. Não sabe o que está fazendo.”-Com cautela, aproximei meus dedos de seu rosto quente . “Não gosto de imaginar como ficaria na França sem mim, ou o que Liam faria a você.”
Por um segundo, a pirralha pareceu acalmar-se, ao meu toque. Foi uma sensação agradável.
“Antes...”-Ela fez uma longa pausa. “...Antes até pensei na possibilidade de não ir, mas agora as coisas são diferentes, virou questão de honra embarcar naquele avião.”-Miley retirou minha mão do seu rosto.
“Por quê? Por orgulho? Para chatear Billy?”-Bufei.
“Não é só por orgulho, também quero ficar com Liam.”-Sua voz tremia levemente, como se não tivesse certeza das próprias palavras.
Ao ouvir o nome do meu amigo, quase explodi em raiva. Como ela não conseguia ver que ele não a merecia? Me arrependi profundamente de tê-la ajudado a conquistar o babaca.
“Como pode seguir um cara que mal te conhece? Será que ele está mesmo apaixonado por você?”-Questionei.
“Do que está falando? É lógico que está, ele gosta de mim, me conhece o suficiente...”-Balançou a cabeça revoltada com minha insinuação. “Não quero ter essa conversa agora ou vou me atrasar.”-A garota deu alguns passos. Insatisfeito, me antecipei, ficando à sua frente e a impedindo de prosseguir.
“Eu digo que ele não te conhece o suficiente pra gostar realmente de você, mal sabe seu nome!”-Afirmei seguro. Peguei a mão da minha pirralha e coloquei-a no meu peito.
Miley Narrando
Fiquei surpresa com as batidas inacreditavelmente fortes do coração do Jonas. O coração dele parecia ditar o ritmo do meu. Era como se nossos corações pulsassem em uma sincronia perfeita.
Queria ir embora, mas minhas pernas não obedeciam, meu corpo inteiro estava subjugado à vontade do homem à minha frente.
“Miley...”-Nicholas, de forma intensa, me encarou, fazendo-me paralisar.“Duvido que Liam note como você ruboriza quando está envergonhada, ou como mente mal só para não dar o braço a torcer; não sabe que você pisca os olhos rapidamente ao ficar confusa; ele não reconhece seu olhar melancólico, ou como fica engraçada quando fala palavrão, jamais perceberia que gagueja nos momentos em que fica constrangida...”-Minha respiração ficou suspensa quando ele tocou meus lábios.“Ele não sabe que você estremece quando é beijada. Liam não te conhece.”
“Ninguém me conhece.”-Sussurrei hipnotizada pelos olhos acobreados.
“Eu conheço!”-Nicholas cerrou os olhos, apertando minha mão com força. “Não sei explicar como isso aconteceu, mas conheço! Sei que por trás de toda essa armadura rebelde que se obrigou a usar, existe uma garota solitária, que não sabe como superar os traumas do passado.”-Sua voz era suave e reconfortante.
Virei o rosto, não querendo que ele visse em meus olhos o quão certo estava. Passei uma mão na cabeça, atordoada.
Nicholas Narrando
Tentei abraçá-la, mas ela escapou de meus braços.
“Eu sei que está confusa, eu também estou, mas não sei como lutar contra o que estou sentindo. Pra falar a verdade, não quero lutar contra.”
“Está dizendo que... que...”-Miley deu um passo atrás.
Engoli seco, armando-me de coragem para confessar o que ela não conseguia perguntar.
“Quero dizer que... estou apaixonado por você!”-Até eu fiquei surpreso com minhas palavras. Senti um misto de prazer e dor ao pronunciá-las. Prazer por finalmente confessar a ela o que evitava admitir para mim mesmo, e dor, pelo medo inevitável da rejeição.
Miley encarava-me em choque. Deu mais alguns passos para trás até tropeçar em um pedra e cair sentada. Tentei ajudá-la, mas ela gesticulou para que eu permanecesse onde estava. Obedeci. A garota parecia mesmo assustada.
“Você está bem?”-Perguntei tentando acalmá-la.
“Isso... é... algum tipo de brincadeira, Nicholas? Porque eu juro que...”-Nervosa, se levantou.
“Não é brincadeira!”-Interrompi. “Estou mesmo apaixonado. E você? Sente algo por mim?”-Precisava saber, mesmo que a resposta fosse “não”.
Cyrus abriu a boca para falar e minha expectativa aumentou. Depois de tudo que passamos não era possível que ela fosse negar que tínhamos algo. Uma conexão, um elo que eu não conseguia descrever.
Foi aí que seu celular tocou. Bufei chateado, ela ficou alguns segundos estagnada, como se estivesse alheia ao toque irritante.
“O celular.”-Apontei, já não suportando ouvir o aparelho tocar.
A pirralha caiu em si, e o atendeu.
“Liam?”-Quase gritou, surpresa.
Era bem o que eu precisava! Liam, o imbecil atrapalhando mais um momento nosso. Revirei os olhos. A vontade de estraçalhar o celular não era pouca.
“Eu... eu... já estou indo!”-Cyrus gaguejou, fitando-me constrangida.
Enraivecido e enciumado, tomei o aparelho de suas mãos e o joguei para longe.
“Miley, não vá!”-Pedi, segurando-a pelos ombros. Eu não conseguia disfarçar a dor que me causava vê-la tão manipulada por seu namorado.
“Nicholas... preciso ir, não posso lidar com isso agora, não quero voltar pra casa.”-Ela afastou-se de mim, sinalizando para um táxi que se aproximava.
Quando o carro parou à nossa frente, me desesperei. Sabia que iria perdê-la, me odiava por ter lutado pouco no tempo que tive e, ao mesmo tempo, sentia-me um idiota de insistir em conquistar uma garota que sempre me odiou.
Quando meu frango abriu a porta do veículo, vi minha esperança se esvair como sangue em um ferimento mortal. Já não ligando para o que ela pensaria de mim, a encostei na lateral do carro, violentamente.
“Dê uma chance para nós, Miley!”
“Não vejo como isso pode dar certo. É loucura, loucura!”-Ela colocou as mãos na cabeça como se tentasse convencer a si mesma. “Você é filho da Denise, preciso odiá-lo tanto quanto odeio ela. Não posso ceder, Nicholas, não vou!”-Sua voz estava embargada, como se lágrimas estivessem prestes a escorrer por seu lindo rosto, mas isso não aconteceu.
A pirralha, com toda sua força, me empurrou para longe e adentrou o táxi.
Fiquei parado, olhando a única garota por quem já senti algo realmente intenso ir embora.
Cada célula do meu corpo a desejava, a queria como nunca antes. Sem Miley por perto era como se faltasse um parte insubstituível de mim. Um nó se formou em minha garganta, meus olhos arderam, anunciando a lágrima que acabara de contornar minha face. Me dei conta, naquele momento, que sempre foi uma luta injusta, eu não tinha como competir com Liam e, muito menos, contra o ódio incompreensível que ela sentia pela minha família.
Miley Narrando
Meu peito pareceu que ia explodir quando, dentro do carro, olhei para trás e avistei Nicholas, imóvel, como se esperasse a minha volta. Voltei a olhar para frente, não suportando ver aquela cena.
Não consegui respirar devido os espasmos em meu tórax. Nada na minha vida havia me preparado para aquele momento, eu não sabia o que fazer. Era quase impossível acreditar que o Jonas gostava de mim. Ele era meu inimigo declarado, sempre foi, e, agora, quando estava decidida a seguir os passos do meu lobo, tudo explodia diante de mim, jogando-me em um mar de dúvidas.
Durante o trajeto até o hotel de Liam, um milhão de coisas passou pela minha cabeça. Não consegui fugir das lembranças que me cercavam, intensificando meu sofrimento.
Momentos entre mim e Nicholas vagavam pela minha mente como um filme antigo, nossas brigas, implicâncias, gargalhadas, brincadeiras, as aulas para conquistar Liam, as vezes que dançamos, a noite de tempestade que ele me proporcionou sensações incríveis e, por fim, os beijos. Beijos inflamados, ousados e carinhosos.
Quando o motorista estacionou em frente ao hotel, saltei para fora, quase esquecendo-me de pagar a corrida. Já dentro do requintado Maxim, corri para o elevador sem passar pela recepção. Precisava ver o homem com quem estava fugindo. Talvez, junto dele, minha cabeça parasse de girar, precisava me concentrar nas coisas certas.
Dentro do elevador, apertei um botão, na dúvida de qual andar meu namorado estava. Ele havia me falado pelo telefone, mas lembrar, naquele momento, estava sendo difícil.
Olhei para o espelho ao meu lado e notei que estava um caco, olheiras, descabelada, a roupa, uma bagunça. Tentei melhorar minha aparência penteando os cabelos com os dedos, mas não estava adiantando.
Naquele momento, percebi a garota ao meu lado. Entrei tão desorientada no elevador, que nem me dei conta de que não era a única ali.
A menina aparentava ter uns 14 anos, óculos de grau, cabelo solto, uma típica estudante. Ela segurava um caderno e o rabisco na capa me chamou atenção.
"Temer o amor é temer a vida e os que temem a vida já estão meio mortos."
Não consegui tirar meus olhos daquele rabisco até que a porta do elevador se abriu. A garota se foi, mas a frase permaneceu em minha cabeça durante todo o tempo que fiquei procurando o quarto de Liam. Depois de alguns minutos, o achei. Havia passado por ele 3 vezes, mas, distraída, não percebi o quarto 215.
Bati na porta, impaciente. Não demorou para que ele abrisse.
“Oi, entra. Estou fazendo as malas.”-Sorridente, gesticulou para dentro do cômodo.
Analisei rapidamente o lugar, impessoal, arrumado e sem nenhuma característica da personalidade do homem ao meu lado. Não dei importância, Afinal, era só o quarto de hotel.
“Estava com saudades.”-Murmurou ele, abraçando-me por trás.
Sorri, sem vontade.
“Posso sentar ali?”-Perguntei,indicando um canto da cama onde não tinham roupas espalhadas.
“À vontade.”-Respondeu,voltando à mala quase cheia,próxima ao local onde ia sentar-me
Acomodei-me timidamente.
“Só vai levar isso?”-Perguntou, trocando olhares entre mim e a mochila que eu acabara de jogar no chão.
“Sim.”-Sussurrei.
“Você vai adorar Paris, é linda, a noite sempre agitada com muitos rachas, vinho...”-Ele pausou, aproximando a mão do meu rosto, a qual deslizou até o decote discreto que eu exibia.“Vamos nos divertir muito.”-Sorriu malicioso. Em outra ocasião, eu teria ficado contente, mas não estava no clima. Minha mente maltratava-me com lembranças e questionamentos incessantes.
Levantei e caminhei até uma janela próxima.
“Fiz algo errado?”-Curioso, tocou meu ombro.
“Não!”-Me limitei a responder, apenas.
Liam voltou à cama e continuou a fazer as malas.
A brisa que adentrou a janela me fez, finalmente, respirar sem dificuldade. Fiquei por alguns segundos de olhos fechados, apreciando o vento em meu rosto, aliviada por sentir que meu corpo já não tremia tanto. Tentei pensar em como seria maravilhoso estar na França com meu lobo, mas a dúvida que Nicholas plantou em mim se recusava a ir embora.
Será que ele estava certo? Será que Liam me conhecia? Ele era apaixonado por mim?
Miley, não seja tola. Esqueça tudo isso!
Tentei convencer a mim mesma, mas minha mente insistia em se manter irracional. Foi aí que falei, de supetão.
“Liam, qual o meu nome?”
“O que?”-Ele virou-se para mim, sem entender.
“Você sabe o meu nome completo?”
“Ah... Miley, só Miley?”-Riu, dando de ombros.
Baixei a cabeça, sem acreditar no que ele acabara de falar. Então, fiz outra pergunta.
“O que eu faço quando fico confusa?”-Cruzei os braços enquanto ele sorria, perdido.
“Não sei, por que está perguntando isso?”
Coloquei as mãos no rosto, dando-me conta que o Jonas estava certo. Liam não me conhecia.
“Por que me pediu em namoro?”-Eu realmente precisava saber. Precisava encontrar as respostas para as questões torturantes da minha cabeça.
Ele se aproximou, abraçando-me.
“O que você tem? Está tão estranha hoje.”-Quando passou a mão pelos meus cabelos, me fiz a mesma pergunta.
“Me desculpe.”-Suspirei. “Por favor, responde a minha pergunta.”-Insisti.
“Ok, respondo! Estava cansado de mulheres fúteis, você é diferente, me faz sentir melhor, tem todo esse jeitinho de moleca encrenqueira. Isso é novo para mim.”-Respondeu, beijando-me o pescoço.
Confesso que aquilo não foi o que eu esperava ouvir. Mesmo não sendo uma romântica incurável, imaginei que ele diria algo mais sentimental.
Engoli seco, decepcionada com ele e comigo mesma.
“Vem cá!”-Ele me puxou para a cama, deitando-me nela e posicionando-se em cima de mim.
Tentei disfarçar o nervosismo, mas não estava tendo sucesso algum.
“O que está fazendo?”-Banquei a idiota.
“Nada...”-Beijou meu maxilar.“Como já disse antes, só estou com saudades.”
Liam apertou minha coxa e isso me fez reagir de forma inesperada, o empurrei com violência e me afastei, nervosa.
“O que foi?”-Chateado, levantou-se também.“Não fiz nada, mesmo assim, me desculpe. Nossa!”
“Você não tem culpa, eu é que estou enlouquecendo!”-Afirmei, já pensando na possibilidade de me internar.
O silêncio foi constrangedor, nos segundos seguintes. Então, ele me puxou para si e sussurrou em meu ouvido.
“Posso ao menos te beijar?”
Queria me concentrar e ficar feliz, mas, as insanidades que Nicholas me falou ficavam rodeando minha mente como uma abelha zumbindo.
“Deve!”-Murmurei, fechando os olhos. Coloquei meus braços em volta do seu pescoço, enquanto ele juntava ainda mais nossos corpos.
Podia sentir a respiração quente de Liam próximo ao meu rosto, suas mãos apertavam minha cintura com firmeza, apossando-se de mim. Suspirei pela última vez, preparando-me para me entregar ao beijo que tanto sonhei. O beijo que me faria esquecer todos os outros que troquei com NICKZINHO, que me livraria de meus dilemas.
Senti, pela primeira vez, seus lábios carnudos, movimentando-se junto aos meus, sua língua explorando minha boca e retribuí da melhor forma possível. Porém, foi só. Nada de arrepios, tremores, tontura, nem mesmo pulsação acelerada.
Afastei-me, embasbacada.
“Só isso?”-Tentei entender o que acabara de acontecer.
“Como?”
“Desculpe, é que pensei que seria diferente nosso primeiro beijo!”-Passei a mão na testa, lembrando-me de todas as sensações maravilhosas que sentia quando era beijada por Nicholas.
“Não, não, é melhor! Nós só ficamos nervosos, acho. Vou beijá-la outra vez.”-Liam parecia ofendido quando agarrou-me com violência e me beijou com empolgação e determinação. Esforcei-me ao máximo, para me entregar àquele momento. O lobo até beijava muito bem, parecia fazer tudo certo, eu é que não sentia absolutamente nada. O pior era que o rosto do Jonas não saía da minha cabeça um só segundo.
Outra vez, afastei-me percebendo que não adiantava insistir, Liam não era quem eu desejava beijar.
“Desculpa, Liam, eu não consigo, não sinto nada!”-Admiti, envergonhada.
“Não acredito no que estou ouvindo.”-Aborrecido, cruzou os braços.
“Não é você, sou eu...”-Não sabia como explicar, mal entendia.
Fechei os olhos, balançando a cabeça enquanto ria da minha tolice. Finalmente, me dava conta de que havia passado tempo demais encantada com o jeito bad boy do Liam. Determinada a conquistá-lo, não vi que minha paixonite por ele não passava de empolgação, fogo de palha, atração física.
Era Nicholas e não Liam que me tirava o fôlego, que fazia-me estremecer a cada toque. O maluco conseguia arrancar risos de mim e, ao mesmo tempo, enlouquecia-me de raiva. Me envolvi com meu inimigo e desafeto, era como cair em uma armadilha do destino. Agora estava ali parada diante do bad boy, sorrindo feito uma demente, enquanto todas as peças do quebra cabeça encaixavam-se.
“Espera, você está terminando comigo?”-Ele não estava nada feliz.
“Sim, parece loucura, mas é pelos motivos certos, acredite.”-Tagarelei nervosa.
“Que motivos?”
“NICHOLAS!”-Quase gritei, me lembrando da burrice que tinha cometido em deixá-lo sozinho na rua, triste e rejeitado.
PUTA MERDA!
O remorso me atingiu como um raio, quase me partindo ao meio. Foi nesse momento que pirei. Chutei e soquei o ar chacoalhando-me, com vontade de espancar a mim mesma. Liam deu um passo atrás, com as sobrancelhas erguidas, não entendendo nada e, provavelmente, achando que eu estava recendo algum espírito maligno.
Rapidamente, peguei a mochila e abri a porta do quarto, totalmente distraída com a minha recém descoberta.
“Onde você vai?”-Liam, aborrecido, perguntou.
Após um logo suspiro, respondi.
“Vou fazer o que mais odeio, dá o braço a torcer!”-Sorri naturalmente.
“Não vai mesmo para Paris?”
“Desculpe, mas não! Logo te explico melhor, agora preciso correr porque cometi uma enorme injustiça.”-Voltei para lhe dar um beijo no rosto. “Boa sorte no racha, e divirta-se na França!”
Não esperei para ver a reação de Liam às minhas palavras, saí correndo pelos corredores. Quando cheguei na recepção do hotel, convenci a recepcionista antipática a me deixar usar o telefone. Por sorte, Emily atendeu em casa. Disfarçadamente, perguntei por Nicholas e a Fofolete não sabia do paradeiro dele, até que perguntou a Joe. O bisonho nos disse que ele havia pego a moto para dar uma volta próximo ao rio Adige. Desliguei o telefone na cara da curiosa e corri para a calçada do hotel, em busca de um táxi. Assobiei e logo apareceram três de uma vez.
ERA SORTE?
Já dentro do carro, pedi para o motorista me levar ao parque que fica próximo ao rio Adige. Quando Emily falou o nome do local, logo percebi que se tratava do lugar onde Nicholhas e eu trocamos nosso primeiro beijo.
A dor que antes sentia era substituída por remorso, euforia e nervosismo. Estava agindo por impulso, como nunca agi antes, tentava não pensar no fato de que ia ao encontro do filho de Denise, pois isso, provavelmente, me faria desistir.
Concentrei-me apenas na lembrança de Nicholas me pedindo uma chance para ficarmos juntos, aquilo me motivava quase me fazendo esquecer o medo que sentia de ele não me perdoar por tê-lo deixado sozinho com seus sentimentos, enquanto jogava-me nos braços de alguém que mal me conhecia.
Minhas mãos estavam incrivelmente frias, eu não sabia o que faria ou falaria quando o encontrasse, só sabia que lhe devia desculpas, principalmente por ter sido covarde em não admitir que eu também o queria. Os minutos nunca foram tão lentos para mim.
“Não dá para ir mais rápido, moço?”-Perguntei impaciente.
“Infelizmente não, a avenida está engarrafada. Deve ter acontecido alguma batida.”-Respondeu indiferente.
Chutei o banco do motorista, não queria passar horas presa no trânsito. Tinha medo que quanto mais o Jonas ficasse pensando nas palavras duras que lhe lancei, mais difícil seria ficarmos juntos, devido a nossa tendência a nos desentender.
Pensar em nós dois juntos ainda era estranho para mim, quase surreal. Mas não podia conter a vontade dentro de mim de abraçá-lo, de confessar o quanto fui burra de não perceber que estávamos envolvidos a muito tempo.
“Falta muito para chegar ao rio Adige?”-Mal conseguia ficar sentada.
“Algumas quadras, por quê?”
Nem respondi, joguei algum dinheiro para o taxista e saí do carro,enquanto ele ainda me chamava de louca.
Olhei para o engarrafamento gigantesco, jamais chegaria ao meu destino pelos meios convencionais. Então, corri.
Enquanto corria, deixava para trás meus medos tolos, preconceitos, dúvidas, as lembranças da briga com Billy, tudo. Meu único objetivo era alcançar Nicholas e pedir-lhe perdão. Eu não era o tipo de pessoa que fazia isso,mas o cretino era mesmo o único que importava-se comigo, que tentava me proteger e que teve a coragem de se declarar para mim. Ele merecia aquele esforço, merecia que eu engolisse o orgulho.
Quando passei por uma esquina, quase atropelei uma senhora que deixou suas compras caírem no chão. Ela gritou algum xingamento em italiano que não entendi. Não queria nem olhar para trás. Se eu parasse, podia pensar demais e estragar tudo.
Corria como nunca havia corrido antes, já não estava sentindo minhas pernas quando vi o rio Adige. Infelizmente, ainda faltava muito para chegar lá, eu estava no parque que fora construído próximo a ele.
Podia ver a cara das pessoas assustadas com meu jeito estabanado de correr. Me distraí por um segundo, rindo dos olhares estranhos que me lançavam.
“CUIDADO!”
Só fui entender o alerta quando me choquei contra um poste. A dor que veio a seguir foi intensa. Eu teria xingado as pessoas que gargalhavam à minha volta se minha cabeça não estivesse doendo tanto. Eu juro que vi estrelinhas. Zonza, levantei-me, sacudi a poeira e voltei a correr mancando. A ponte Pietra que corta o rio parecia cada vez mais distante.
Após alguns minutos de corrida dolorosa, finalmente cheguei à ponte. A uns 15 metros de distância, avistei o homem que me tirava o fôlego no meio da ponte, encostado, sozinho fitando a água abaixo de si.
Parei, pondo as mãos nos joelhos exausta, sedenta e totalmente sem forças. Era irônico como eu havia corrido tanto para chegar ali, e, agora que faltavam poucos metros, eu já não conseguia dar um passo.
Depois de respirar fundo algumas vezes, joguei minha mochila no chão. Então, peguei toda a coragem que havia em mim, e, antes que a vergonha me dominasse, gritei:
“NICHOLAS!”
Ele virou-se para me olhar, confuso. Antes que me ignorasse por rancor, coloquei para fora.
“ME DESCULPE!”-Berrei.
“O QUE?”-Perguntou como se não tivesse ouvido direito. Revirei os olhos, não crendo que ele me faria repetir.
“ME DESCULPA, VOCÊ TINHA RAZÃO SOBRE TUDO!”-Não podia estar mais corada como naquele momento. “EU TAMBÉM ESTOU APAIXONADA POR VOCÊ!"
Meu coração quase parou de bater quando o Jonas baixou a cabeça. Ele estaria me odiando mais do que um dia eu já o odiei? E agora quem iria ser rejeitada era eu? Olhei para os lados, não havia ninguém para me socorrer, caso enfartasse de desgosto. Todo meu esforço para chegar ali teria sido em vão?
“MILEY!”-Finalmente ele gritou dando sinal de vida. Eu arfava descontroladamente.“EU SEMPRE SOUBE QUE ERA ESTÚPIDA, POR ISSO... TE DESCULPO!”-Nicholas sorriu de forma encantadora.
Com aquelas palavras e sorriso, ignorei minhas pernas cansadas e corri ao encontro dele, tirando forças da louca paixão que sentia. Foi a melhor corridinha da minha vida.
Quando faltaram uns dois metros para chegar, diminuí o ritmo e, literalmente, pulei nele, envolvendo minhas pernas em seu quadril. Graças ao equilíbrio de NICKZINHO, não caímos. O beijo que lhe dei foi libertador e arrebatador.
Nicholas segurava-me com força, enquanto saboreávamos os lábios um do outro. Meu coração parecia que ia explodir dentro do peito. Nunca havia sentido uma emoção igual. Agarrei seus cabelos, o impedindo de descolar a boca da minha. Cada pedacinho de mim ardia em paixão por aquele homem, eu poderia morrer sem fôlego ali mesmo que nem me importaria. A textura e maciez de sua língua simplesmente me enlouquecia. Então, sem mais nem menos, começamos a rir no meio do beijo. Era estranho tentar aprofundar o ato e, ao mesmo tempo, prender a gargalhada. Por fim, afastamos os rostos arfando.
“E Paris?”-Perguntou ele pausadamente recuperando o fôlego.
“Que Paris?”-Dei de ombros também ofegando.
Seu sorriso iluminado era capaz de ofuscar os suaves raios solares do crepúsculo.
Foi aí que ele começou a cantarolar...
“Você me quer... você me quer... meu frango me quer...”
Revirei os olhos, rindo.
“NICKZINHO, cala a boca!”-Falei, beijando-lhe com vontade.
Perfeito , posta mais logo pliss
ResponderExcluirStay Strong and Radiate Love
primeira? como assim???? AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!! AMEI AMEI AMEI AMEIIIII!!!! DEMAIS!!!!!
ResponderExcluirBRIGADA POR POSTAR E NÃO ESQUECER DA GENTEEEEE!!!
T-AMO
BJBJ!!!
AHHHHHH EU QUASE TIVE UM TRECO, REALMENTE FICOU MUITO BOM.
ResponderExcluirPOSTA LOGO HINE
meu deus!!!! no words!
ResponderExcluirAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
ResponderExcluirFINALMENTE
FICOU LINDOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
DECLARAÇÃO DE AMOR NUNCA É DE MAIS
HAHAHA'
AGORA EU QUERO VER COMO É QUE ELES VÃO CONTAR PROS PAIS DELES HAHA'
PLEEEEEEEEEEEEEEEASE POTS LOGO SE NÃO EU MORRO DE CURIOSIDADE
XOXO
MEU DEUS, QUE COISA MAIS PERFEITA!!!!
ResponderExcluirMuito lindo mesmo, sério
Quero ver a reação da Denise e do Billy, e da Taylor! haushaushaushaush'
Amore, pooosta logo por favoor!
Beijos
omg que lindooooooooooooooooooooooooooo
ResponderExcluirameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
nossa finalmente os niley's kkk
posta logo
xoxo
ahhhh tah perfeitoooooooo, posta logooo por favooooor!!
ResponderExcluirleitora nova
ResponderExcluiresta perfeito nunca ri tanto lendo suas historias desde o começo amei amei amei
foi perfeito nicholas e miley.
kkkkkkkkkkkkkkk
joe e o torresminho são uma piada e o pavão apaixonado por joe rsrsr.
rachei de rir
AAAAAA que perfeito *---* posta mais por favor ((:
ResponderExcluirPERFEITO, finalmente! Foi incrível, até que enfim ela deu o braço a torcer!
ResponderExcluirQuero ver quando a famílias deles souber, todos vão ficar abismados!
Por favor, envia logo o próximo capitulo!
Oii eu vim aqui avisar que eu estou fazendo um concurso se quiser participar e esse site beijos
ResponderExcluiriloveyou-niley.blogspot.com
Aaaammeeiiiii!!
ResponderExcluirVê se posta logo, pleeease
xoxo
divulga? http://everwaitingforyou.blogspot.com/
ResponderExcluirthanks ;)
nova,mas dane-se a apresentação,EU NÃO CONSIGO RESPIRAR POW, É MT PERFEIÇÃO ESSA FANFIC, PQP, VC T-E-M QUE POSTAR, EU QUERO MORRER, SÓ DEPOIS DE LEL-LA TODA!! ÒÓ
ResponderExcluireu sou ameaçadora u.u
VIU NICKIZINHO?! VC CONSEGUIU SEU FRANGO!!!HAHA
--' preciso que poste logo, literalemnte O_O
TAAAAAG!!!
ResponderExcluirhttp://everwaitingforyou.blogspot.com.br/2012/03/tag-da-linda-da-luiza.html
hey leitora nove! Meu sua fic é um SONHO! eu amei amei amei amei amei, infinitamente amei!
ResponderExcluircomecei a ler a sua fic a pouco tempo! espero que poste rapido!
posso te chamar de linda?
Beijos
oie! eu tó aqui de novo! achei que o outro comentario ficou sem graça! e nem exprimi o que achei direito!
ResponderExcluirEu amei! caramba ri demais da conta! foi pura comedia aquela parte que o joe chamou o nick de loira furacão! e o garoto lá chamou o joe de morena tentação!kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Quer dizer tem VARIAS partes que eu ri igual uma desvairada! parecia uma maníaca rindo aqui! em altas gargalhadas!!!! Seu blog é DEMAIS!
nao vejo a hora de ler mais! serio mesmo! e aquela cena do cap 7 ficou SUPER picante! mais ficou lindo demias! deu ate para imaginar toda a delicadeza do Nick com a Miley (eu quero um para mim!shuashuasuha)
E aquele jogo lá! poker-sei-la-das-quantas (nao me lembro o nome todo) ficou comédia pura! aquele gayzinho atras do joe! coitado dele ninguem merece uma coisa dessa :D!!!!!
tb achei engraçado o joe levar o toicinho para tudo quanto é lado! shuashuashuashua!!!!!
Acho que agora foi um comentário bem feito, né?
Beijos linda :D
Linda eu acho que Deus a louca no meu computador! eu vim reler sua fic e Deus uma coisa muito doida! NAO ERAM OS MESMOS CAP QUE EU AVIA LIDO ANTERIORMENTE ! pelo menos é o que parece!!!!
ResponderExcluirgente vc vai pesarque sou doida mais nao sou!
mais ta estranho isso aqui! vou reler!!!! :D
BEijos linda
Eii!! olha eu aqui encehndo o saco de novo!!kk Ganhei um selinho,e repassei para voce!!
ResponderExcluirhttp://everwaitingforyou.blogspot.com.br/2012/04/selinho.html
Beijos ;)
(Ps:. o nick ganhou o frango dele!!!)
porrr favvoorrr posta logo eu venho aq todo dia e vc não postou buaaaa :-(((( divulga pra mim pliz http://lovetrueneverletyougo.blogspot.com.br/
ResponderExcluirPode até ser ''linda'' e ''boa'', mas pena que é plagiada (:
ResponderExcluirPlágio é foda. E dos baratos ainda.
ResponderExcluirAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
ResponderExcluirPOSTA LOOOOOOOOOOOOOOOOOGOOOOOOOOOOOOO
SELINHO PRA VC NO MEU BLOG: http://aventurasnileynuncaedemais.blogspot.com.br/2013/01/capitulo-9-todos-nos-ja-passamos-por.html
XOXOXOXOXOXOXOXOXOX
Seguidora noova aquie *-*
ResponderExcluirAmor, sua fic é diwa...
Ei, divulga eu?
imjustapennyonthetraintrack.blogspot.com
Beijos. POSTAAAAAAA
Larissa e Kristen, eu acho que vocês não leram o primeiro post, certo? Ela usou exatamente essas palavras: " Criei esse blog pra postar uma fic muito muito boa, mas que infelizmente eu não fui a gênia que escreveu. eu daria os devidos creditos a ela, se soubesse quem foi =/ mas como não sei, vamos dizer que a autora é desconhecida." Acho que deviam olhar o histórico do blogue para vim dizer que ela está fazendo plágio. Se informem mais da próxima vez =D
ResponderExcluirE sim, sou uma leitora nova! Estou muito satisfeita em ter encontrado esse blogue totalmente por acaso e eu ri muito, na verdade nunca ri tanto lendo uma fanfic na minha vida! Parabéns para quem quer que a escreva e obrigada por a estar postando aqui =D Poste mais logo! Já fez um ano que tu não posta =[[[
Beijos.