segunda-feira, 23 de maio de 2011

12 POSTAGEM! 2 CAPITULOS DE NOVO! VOU COMEÇAR A POSTAR TDS OS DIAS, BJS


Capítulo 1: Aula e Maldição
Miley Narrando TOC, TOC, TOC, TOC, TOC.
Ai, que barulho mais irritante!
Rolei na cama colocando o travesseiro na cara. Eu simplesmente odiava quando atrapalhavam meu sono.
TOC,TOC, TOC, TOC, TOC, TOC.
Olhei para o relógio no criado mudo e marcavam 7:00h. 
Que sacanagem! Levantei-me furiosa. Eu ia matar a criatura que estava batendo na minha porta aquela hora. Girei a chave, puxei a maçaneta e lá estava, parado com um sorriso idiota, Nicholas Jonas.
“Bom dia!”-Disse ele.
Bocejei e então fechei a porta com força na cara dele. Verifiquei se a porta estava bem trancada, então voltei para a cama, me cobrindo com o edredom, satisfeita.
Miley, abre a porta!”
Ignorei.
MILEY, ESTOU FALANDO SÉRIO. ABRE A PORTA!”
Tapei os ouvidos com o travesseiro. Estava mesmo disposta a voltar para meu soninho a qualquer custo.
“TUDO BEM, NÃO SE ESQUEÇA QUE EU PEDI COM EDUCAÇÃO!”-Berrou ele mais uma vez. O que eu fiz? Nada!
O silêncio foi uma alívio. Meu corpo relaxou e, aos poucos, fui sendo embalada pelo sono.
Água? O que é isso, água? Vou morrer afogada! 
“AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHH!”-Gritei ao pular da cama, encharcada. Quando vi o imbecil do Nicholas com um balde na mão, e seu típico sorriso torto nos lábios, entendi o que havia acontecido. “Seu filho da mãe, não acredito que jogou água em mim!”-Meu mal humor matinal ameaçava explodir como uma bomba.
“Você não abriu a porta, eu avisei. Pense pelo lado bom, não vai mais precisar tomar banho.”-Zombou a anta.
Eu ia partir para cima dele, arrancar aquele sorriso na base do soco, mas aí, algo me chamou a atenção.
“Como você entrou aqui?”
“Pela janela!”-Apontou ele, como se eu fosse uma burra.
“E como subiu?”-Eu realmente quis saber.
“Escada!”
“Você já fez isso antes?”-Perguntei intrigada.
Nicholas revirou os olhos.
“Não!”
“Mas o que você quer, afinal?”
“Vamos correr!”-Respondeu ele, soltando o balde.
“De quem?”
“Ah, meu Deus! Exercícios, Miley, você precisa manter a forma. É muito sedentária.”-Falou, visivelmente impaciente.
A princípio, achei que ele estava brincando, mas aí, notei que ele usava uma calça de moletom azul, camiseta branca e tênis.
“Eu não vou correr coisa nenhuma! Além disso, às 7 da manhã! Me economize, Nicholas. Vai arrumar o que fazer!”-Falei, me jogando na cama e agarrando o travesseiro.
“Tenho quatro palavras para você: acordo, Liam, me, obedecer!”-Ele cruzou os braços. Achei que ele ia se dar por vencido, mas parecia que ele estava mesmo levando aquele acordo a sério.
“Tenho duas palavras para você: quero, dormir!”-Falei, me enrolando com o edredom.
“Facilita as coisas, Cyrus. Só vamos trabalhar alguns músculos. Principalmente os das suas pernas. São muito fracos. Ontem, quando te beijei, você quase foi ao chão. Se fizer isso com o Liam, vai ser pagação de mico, acredite!”
Porque ele tinha que lembrar daquilo? A vergonha me dominou. Agora que eu não ia mesmo levantar da cama! Preferi esconder o rosto nas cobertas, para evitar que ele visse meu rubor. 
“ME LARGAAAAAAA!”-Gritei, ao sentir ele me puxava pelo calcanhar para fora da cama. Meu corpo inteiro foi ao chão e, só não levantei para matar o infeliz, porque fiquei meio perdida no emaranhado de cobertas e lençóis.
“Te espero lá na calçada. Não demore, senão, venho aqui com outro balde de água!”-Ameaçou ele, antes de sair.
Eu não queria correr, mas bem sabia que a ameaça do Nicholas era verdadeira. Além disso, o maldito sono tinha passado totalmente.
Coloquei uma calça de moleton qualquer, que estava jogada no closet, minha camiseta favorita do Bon Jovi, um tênis e, por fim, prendi o cabelo em um rabo de cavalo. Quando fui para fora da casa, avistei Nicholas se aquecendo. Eu amaldiçoei o sol aquela manhã, bem que poderia estar chovendo, assim eu não teria que correr.
“Vamos, pirralha, está uma ótima manhã para correr!”-Falou ele, dando início ao exercício.
Fiquei parada no meio da rua, só observando ele se distanciar. Nicholas logo percebeu que eu não o segui. Então, voltou.
“O que foi?”
“Isso é tão idiota, correr não vai me ajudar a conquistar o Liam.”-Reclamei, mal humorada.
“Eu já expliquei porque vamos correr, agora me obedeça e vamos logo!”-Ordenou ele, prepotente.
“Obedecer? Eu não vou obedecer você, seu ...”
Meu xingamento foi interrompido pela surpresa de sentir Nicholas dando um puxão no meu rabo de cavalo. Tudo bem que quase não doeu, mas foi muita ousadia dele. Eu estava pronta para descontar toda o meu mal humor nele.
Nicholas saiu correndo imediatamente, e eu o segui, correndo com todas as minhas forças.
“EU VOU MATAR VOCÊ, JURO!”-Ameacei enquanto dobrávamos uma esquina.
“SÓ SE VOCÊ ME PEGAR!”-Respondeu, aumentando a velocidade. “CORRE, MILEY, CORRE!”-Provocou o idiota.
Eu não sei por quanto tempo fiquei correndo atrás do Jonas pelo bairro. Uma hora, talvez. Minhas pernas já não tinham forças e eu estava sedenta. Parei, colocando as mãos no joelho, exausta. Nicholas percebeu que eu já não o perseguia e veio ao meu encontro.
“O que foi? Já vai desistir?”-Perguntou ele, suado, mas não parecia exausto como eu. Como ele ainda tinha pique para fazer uma perguntinha idiota? Eu mal conseguia respirar.
Já que ele estava bem próximo, ainda estendi o braço, tentando alcançá-lo, em vão. Eu não tinha forças nem para chutar uma latinha. O jeito foi desistir mesmo.
“Eu... mato... você... depois...”-Falei entre arfadas.
“Tudo bem. Já chega por hoje, amanhã continuamos.”
“Amanhã?”-Se eu tivesse forças, teria gritado aquela palavra, devido à minha surpresa.
“Sim, agora vamos correr todos os dias.”
Balancei a cabeça. De jeito nenhum que eu ia colocar os bofes para fora todo dia.
“Vamos, Miley, temos o percurso de volta para correr.”

Caí sentada no asfalto. Ia ser preciso um guincho para me levantar. Correr de volta para casa estava fora de cogitação.
“Não é possível que você esteja tão cansada assim.”-Questionou Nicholas, analisando-me.
Deitei no chão ainda ofegante, só para ele ter uma noção de quão cansada eu estava.
Nicholas me olhou impaciente e, para minha surpresa, ele me puxou pelos braços, levantando-me. Mal consegui ficar de pé.
“Sobe nas minhas costas!”-Disse ele, inclinando-se
Ergui uma sobrancelha. Ele estava falando sério?
“Anda, antes que eu desista!”-Resmungou Nicholas.
Bem, eu que não ia voltar correndo. Então, dei um pulinho para pegar impulso e subi nas costas do Jonas, enlaçando minhas pernas em seu quadril e os braços em volta do seu pescoço.
Nicholas começou a andar.A quilo era, no mínimo, sinistro, mas não liguei. Cansada do jeito que eu estava, qualquer coisa servia.
“Upa, upa! Anda, pangaré!”-Não aguentei, eu tinha que zoar ele.
Nicholas bufou, mas não parou de andar, aquilo era muito engraçado, ao menos para mim. Eu não quis gargalhar para ele não me fazer correr até em casa, mas ria silenciosamente. Isso fazia meu corpo inteiro tremer. Com certeza, ele notou. Eu queria ver a cara que ele estava fazendo mas, infelizmente, não foi possível.

Nicholas Narrando

Olhei meu relógio de pulso e já marcavam 15:25h. Me perguntei onde estava Mley, eu avisei pra ela não se atrasar para a primeira aula. Andei pelo quarto, tentando me conter. Eu estava prestes a ir buscá-la. Então, finalmente, ela adentrou o quarto.
“Onde você estava? Eu não falei 15:00h?”-Reclamei, chateado.
“Calminha, pangaré, eu estava esperando o momento certo, quando ninguém estivesse por perto. Não quero que ninguém saiba desse tal acordo que você inventou.”
“Por quê?”
“Dãããããaaa, seu imbecil, não é óbvio? Não quero gozações, não quero ninguém achando que sou sua amiguinha, não quero...”
“Ok, ok, ok! Cala a boca, Miley! Vamos logo iniciar essa aula, senta ali!”-Indiquei a cama. Ela, felizmente, obedeceu e eu puxei uma cadeira, ficando de frente para ela. 
Se Miley queria que nosso acordo fosse segredo, eu concordaria. Afinal, eu realmente não queria que minha mãe soubesse que a Cyrus só parou com a implicância por causa de uma interferência minha. Eu tinha certeza que Denise não aprovaria.
Respirei fundo, tentando concentrar-me na minha obrigação.
“Quero que você entenda uma coisa. Não é exatamente sua aparência que repele os homens, pirralha, e sim, o seu jeito. Você é completamente insana.”
“Vai à merda, Nicholas! Insana é a sua cara!”
“Viu só? É disso que eu estou falando! Você fala palavrão demais, vamos mudar isso. A partir de agora, você será uma moça educada, ou o que chegar mais próximo disso. Ou seja, nada de xingar, mostrar o dedo, ou bater nas pessoas.”-Quando proferi aquelas palavras, me perguntei se aquilo era possível, mas, eu tinha que fazer parecer que era.
Levantei-me, fui até o criado mudo, peguei um pote médio com uma tampa branca, que havia reservado, e joguei em direção a Cyrus, que o pegou, desajeitada.
“O que é isso?”-Perguntou ela, surpresa.
“Considere-o seu melhor amigo a partir de agora. Leve-o para todos os lugares que você for. Sempre que você falar um palavrão, vai ter que colocar aí, uma moeda de 1 Euro.”
“Você está de onda, né?”
“Não mesmo!”-Afirmei, altivo, para ela perceber que aquilo não era nenhuma piada.
“Porra, Nicholas, pára de palhaçada!”-Xingou Miley, jogando o pote na cama.
“Vamos pagando?”-Pedi, sorrindo.
“Não vou pagar merda nenhuma!”
“Agora são dois Euros!”-Afirmei, lhe estendendo o pote.
Miley colocou as mãos na cintura me encarando, zangada. Eu não ia ceder. Fiquei lá com a mão estendida, lhe oferecendo o pote. Por fim, após bufar, Miley pegou uma pequena carteira vermelha no bolso da calça, e pagou os dois Euros.
“Boa menina!”-Falei, ao ouvir o tilintar das moedas dentro do pote.
Ambos sentamos e eu pude voltar às minhas explicações.
“Não queremos que Liam considere você uma conquista fácil, certo? Uma garota de apenas uma noite. Então, você vai ter que bancar a difícil. Apesar de muitos negarem, nós, homens, gostamos de mulheres difíceis, afinal, tudo que é difícil acaba sendo mais gostoso. Esse lance de ficar esperando ele por horas, ou ligar a cada meia hora, nunca mais! Estamos entendidos?”-Miley deu de ombros, acho que ela ficou meio constrangida de eu tocar naquele assunto, mas era necessário.”Outra coisa, quero deixar claro desde o início. Você será diferente das outras garotas, não do jeito ruim que é agora, e sim, de um jeito bom e surpreendente.”
“Dá para falar a minha língua?”-Perguntou ela, confusa.
“Não vou transformar você em uma patricinha, uma garota vulgar ou uma intelectual. Você será uma mistura de todas elas. O tipo de garota que sempre está antenada, sabe de tudo um pouco, sensual, provocante, mas que nunca cede às investidas dos homens, que se veste bem, usa salto, um visual levemente rebelde, mas não usa roupas de grife só para mostrar que tem dinheiro. Essa parte você entenderá melhor quando chegarmos à aula de como se vestir. Estou me fazendo entender até agora?”
Miley coçou a cabeça. Eu notei que ela não havia entendido patavinas.
“É... entendi!”-Mentiu ela, sorrindo amarelo. Não dei importância, ela ia entender no momento certo.
Suspirei e segui adiante com a aula.
“Lentava e anda, eu quero dar uma olhada!”
“Ei! Eu já corri, não vou ficar andando também!”-Resmungou Miley, cruzando os braços.
Por que aquela garota tinha que tornar tudo tão difícil?
“Eu só quero ver se consigo arrumar seu jeito desastroso de caminhar, ok?”
Miley levantou-se, ajeitando a camisa, me lançou um olhar desconfiado e caminhou cerca de um metro. Era horrível, ela realmente andava como se tivesse uma perna maior que a outra, e eu não consegui conter o riso.
“Do que você está rindo?”
“De você, lógico, do que mais seria?”-Quando falei aquilo,Miley cerrou os olhos e fechou o punho. “Ok, ok, sem estresse, pirralha. Mulheres não andam, elas desfilam. Então, deixe sempre a cabeça erguida,tente andar em linha reta E PELO AMOR DE DEUS, REBOLE!”-Ordenei, enfatizando nas últimas palavras.
“Eu sei fazer isso, babaca! Olha só!”-Respondeu ela, se achando muito esperta.
Miley caminhou totalmente desajeitada, mais parecia um bêbado cambaleando. Eu tive que detê-la, aquilo até doía de olhar.
“Pára, pára, pára!”-Pedi, lhe segurando pelos ombros. “Se andar assim, vão achar que você fumou crack. Eu vou te mostrar como deve ser.”
“Essa eu quero ver.”-Respondeu ela, com as mãos na cintura.
O que eu podia fazer? Tinha que mostrar a ela o jeito certo. Ignorei o machismo e caminhei como eu acho que ela deveria andar, eu sei, totalmente gay, mas eu não tinha escolha. Não demorou para eu ouvir as gargalhadas.
“Põe seu lado purpurina para fora, Nicholas!”-Miley ria descontroladamente. Então, eu soube que a aula estava sendo um desastre.
Ainda assim, a fiz caminhar umas 35 vezes. No início, foi um caos,mas após a vigésima quinta vez, ela estava, finalmente, entendendo o que eu quis dizer com “desfilar”. Miley ia ter que praticar muito.
Não estávamos tendo muito progresso e eu resolvi mudar de lição, antes que eu abandonasse o plano.
“Tudo bem, chega de caminhar. É melhor partimos para outra lição, que não precise usar suas desastrosas pernas.”
“Eu estava desfilando bem, viu? Você que fica com essa sua exigência de merda!”-Respondeu ela, parecendo ofendida.
Nem respondi, apenas estendi o “pote do palavrão” para ela e Miley logo soube o que eu queria. Ela bateu o pé no chão algumas vezes, mas cedeu, colocando lá, uma moeda.
“Nós precisamos revisar a aula do beijo, além de praticar, você precisa saber de alguns detalhes que não lhe expliquei. Mas, em outra aula veremos isso. Hoje, você irá aprender sobre algo que costumo chamar de pontos fracos.”
“Que diabo é isso?”-Perguntou a pirralha, já carrancuda. 
“Quase todo mundo tem uma área no corpo sensível, algo que é explorado durante o beijo, geralmente é pescoço e orelha.”-Respondi, achando que aquilo era o suficiente para me fazer entender.

Miley Narrando

Porque Nicholas continuava a falar grego? Eu demorava uma eternidade para entender onde ele queria chegar. Mas eu também não ia dar o braço a torcer e admitir que estava completamente perdida.
“Vem cá!”-Pediu ele, sinalizando com o dedo. Não pensei muito e fui. “Vou ensiná-la como se deve beijar a orelha e o pescoço.”
Arregalei os olhos. Nicholas sorriu, eu, simplesmente, odiava quando ele sorria torto daquele jeito.
“Está com medo, Cyrus?”-Perguntou o imbecil, irônico.
“Não!”-Menti. Eu estava sim, aquele lance de intimidade com o Jonas era bizarro demais. 
“É simples, tudo que você tem que fazer é beijar levemente minha orelha. Sugar levemente o lóbulo funciona bem, mas quando a pessoa exagera é meio nojento, porque tem gente que acaba babando na nossa orelha, então, tem que ficar ligada nisso.”
Eu estava tentando prestar atenção, mas confesso que me perdi no meio do caminho. Eu estava mais, era preocupada em colocar minha boca na orelha do pangaré do Nicholas.
“Vai, vamos ver como você se sai!”-Falou ele, inclinando-se e colocando a orelha próximo ao meu rosto.
“Eu tenho mesmo que fazer isso?”-Perguntei, fazendo uma careta.
Notei que Nicholas revirou os olhos.
Tomei coragem e beijei rapidamente a orelha dele. ECA, ECA, ECA!
“O que foi isso? Que desastroso! Você deu um beijo estalado que quase me deixou surdo.”-Reclamou Nicholas, massageando a orelha.
“A culpa é sua, quem mandou ter uma orelha nojenta?”-Lógico que eu ia revidar.
Nicholas balançou a cabeça algumas vezes.
“Eu vou mostrar a você como se faz, então, presta bem atenção!”
Eu não soube ao certo o que fazer quando Nicholas aproximou-se, colocando as duas mãos na minha cintura e puxando-me para junto de si. Ele subiu a mão esquerda pelas minhas costas até a minha nuca, forçando-me a inclinar um pouco a cabeça até que minha orelha ficasse totalmente exposta, próximo aos seus lábios. Ele hesitou por um segundo e eu pude sentir seu hálito aquecendo minha pele. Nicholas, então, me deu um beijo delicado na orelha e minha respiração sumiu completamente, contornou toda a extensão da minha orelha com a ponta da língua e todos os pêlos do meu corpo eriçaram-se, em resposta. Estremeci, ao senti-lo mordiscar a cartilagem. Em seguida, chupou suavemente meu lóbulo. Eu nunca havia sentido uma sensação parecida, uma mistura de choques, arrepios e cócegas. Era estranhamente agradável, meus olhos fecharam-se e todo o ar que antes havia sumido abruptamente, apareceu, me fazendo arfar pesadamente. Para minha surpresa, Nicholas apertou-me ainda mais contra seu corpo, e sua boca foi descendo lentamente para o meu pescoço. Eu não sei como foi possível minha pele arrepiar-se ainda mais. Sentia como se uma descarga elétrica percorresse todo meu corpo, me proporcionando um, até então, desconhecido prazer. Era como se uma chama subisse vagarosamente dos meus pés até a cabeça, ela consumia minha carne. Enquanto sentia a língua do Jonas em meu pescoço, lambendo-me. Ele sugou minha pele, e provocou, dando-me sutis mordidas. Eu já não estava suportando, meu corpo estava ardendo em labaredas desconhecidas.
“Hum...”-Eu ouvi o gemido, e rezei para ele não ter saído de mim. Nicholas afastou-se, me encarando. Aí, meu medo se confirmou. Sim, fui eu que gemi. Cara, que vergonha!
“É, acho que eu demonstrei o suficiente.”-Falou ele, dando um passo atrás.
Eu baixei a cabeça totalmente constrangida. Deveria estar mais vermelha que uma pimenta malagueta. Para o meu azar, Nicholas percebeu que eu estava quase explodindo de vergonha.
“Tudo bem, eu sei que eu sou bom!”-Riu ele, prepotente. “Além disso, o objetivo é esse, tornar o ato prazeroso. Entende agora por que tem que aprender?”
Sinalizei que sim com a cabeça.
“Muito bem, agora é sua vez. Não é possível que você não tenha aprendido.”-Murmurou ele, inclinando-se novamente em minha direção.
“Está falando de beijar o seu pescoço fedorento também?”-Perguntei, fazendo cara de nojo. Confesso que ele não fedia, mas eu não sabia o que falar naquele momento.
“Lógico!”-Respondeu o Jonas, visivelmente impaciente.
Respirei fundo, tomei coragem e então fui aproximando meus lábios de sua orelha com o objetivo de provar ao Nicholas que eu não era uma lesada, que eu podia ser tão boa quanto ele, ao menos eu daria tudo de mim para provar isso. Então...
TOC, TOC, TOC.
Sobressaltei devido ao susto causado pelas batidas na porta.
“Nick, sou eu, Taylor!”
Nicholas bufou. Eu jamais ouvi ele bufar daquele jeito, alto e contrariado.
“NICHOLAS!”-Gritou Taylor.
Eu não sabia o que fazer, ela não podia me ver ali. Olhei à minha volta e corri para o banheiro. Deixei a porta entreaberta, pois fiquei curiosa. O que Taylor queria, afinal?
“Oi, Taylor.”-Cumprimentou Nicholas e eu deduzi que, à essa altura, a porta já estava aberta.
“Nick, vamos dar uma volta, tem um lugarzinho que quero te mostrar, você vai adorar, meu bem.”
QUE OFERECIDA!
Não que eu me importasse com aqueles dois, mas eu não fazia idéia do quanto minha irmã era direta.
“Sabe, Taylor, eu estou meio cansado. Acho que vou ficar aqui pelo quarto mesmo. Quem sabe mais tarde?”-Respondeu Nicholas, em um tom engraçado. Por um segundo, me perguntei o que estava passando pela cabeça dele.
“Oh, meu bem, tadinho de você. Eu vou ficar aqui e te dar um pouco de mimos, acho que você vai se sentir melhor!”-Falou ela, com voz manhosa.
Congelei! Taylor ia ficar? Como eu ia sair? Oh, meu Deus!
“Eerrr... sabe que dar um volta seria legal? Pois você ainda não andou na minha Suzuki.”-Falou Nicholas, parecendo empolgado.
“É assim que se fala, Nicholas! Vamos logo!”
Ouvi o barulho da porta fechando-se e, então, saí do meu esconderijo, aliviada por Taylor não ter me visto ali com o Jonas. Como eu iria me explicar?

Nicholas Narrando

Já era noite quando eu e Taylor retornamos a casa, eu até me diverti um pouco com ela. Mas estava ansioso para falar com Joe, eu tinha uma pergunta martelando em minha cabeça há dias.
Taylor segurava meu braço, quando adentramos a sala. Fiquei feliz de dar de cara com Joe e Billy.
“Nick, você não sabe da maior,cara!”-Falou meu irmão animado.
“O que foi?”-Perguntei.
“Um antigo amigo italiano está promovendo uma festa à fantasia em sua mansão, ele faz questão da presença de todos nós. Eu aceitei o convite, achei que vocês iriam gostar.”-Falou Billy, com seu sorriso amistoso.
“Uau, pai! Isso é demais! Quando vai ser?”-Vibrou Taylor.
“Amanhã à noite, querida, então, significa que vocês tem pouco tempo para comprar as fantasias.”-Respondeu ele, animado.
Minha mente logo começou a trabalhar. Aquela era uma boa oportunidade para Miley e Liam.
“Billy, tem algum problema se eu levar um amigo?”-Perguntei.
“Não, Nick, tudo bem. Marius não se importará.”
“Obrigado, Billy!”-Eu sabia que Miley não estava pronta, nem perto disso, mas não queria perder aquela oportunidade. Precisaria dar um jeito qualquer para ela tirar a impressão de louca que deixou no meu amigo. Eu sabia que Liam aceitaria o contive, a palavra “festa” sempre lhe chamava a atenção, assim como sempre chamou a minha.
“As meninas já sabem?”-Perguntou Taylor.
“Eu estou indo contar para elas agora mesmo!”-Afirmou Billy, preparando-se para subir as escadas.
“Espera, pai, eu vou com você, Emily vai pirar!”-Disse Taylor, animadíssima.
Assim que eles saíram, puxei Joe para o jardim, ele me acompanhou, resmungando.
“Cara, eu estou com um problema.”-Disse-lhe meio angustiado.
“O que foi, Nick?”
“Teve uma noite aí, que Taylor foi até meu quarto, eu estava até gostando, queria tirar o atraso, mas, no final eu, bem... eu... eu...”
Joe arregalou os olhos.
“NICK, VOCÊ BROX...”-Tapei a boca do idiota rapidamente, eu não queria que toda a casa ouvisse meu problema. Mesmo com a boca bem tapada, Joe gargalhava descontroladamente. Eu realmente quis dar um soco nele.
“Você pode muito rir de mim, foi você que broxou primeiro!”-Falei, na tentativa de contê-lo.
E deu certo. Joe ficou carrancudo imediatamente, então, pude tirar a mão da boca dele.
“Cara, o que está acontecendo com a gente? Será que nós estamos virando ...”
“Não ouse terminar essa frase, Joe Jonas!”-Interrompi, ameaçando.
“Ei, ei, será que o problema são as garotas Cyrus? Quem sabe elas tem uma maldição bizarra do sexo que façam os homens broxarem.”-Falou ele, esfregando o queixo e parecendo intrigado.
Revirei os olhos. Certo que a teoria Joe era uma furada, mas eu estava seriamente inclinado a acreditar nela. Isso era melhor do que admitir que eu estava falhando.
“Sabe de uma coisa? Agora o Kevin está namorando Emily, deveríamos perguntar se ele também anda falhando.”
Joe se empolgou com a minha idéia, e ambos fomos correndo até o quarto do nosso irmão mais novo.
Adentramos sem bater, e flagramos nosso irmão limpando o quarto. Meu Deus, quantas vezes ele faz isso por dia?
“NÃO ENTREM!”-Gritou ele.
“Por quê?”-Perguntou Joe.
“Tirem o sapato primeiro!”-Ele respondeu sério.
Não era a primeira vez que ele nos fazia aquilo. Joe e eu, tiramos os sapatos e, então, finalmente entramos.
“Kevin, tem um lance sinistro acontecendo com a gente, uma maldição. Queremos saber se você também está amaldiçoado!”-Disse meu irmão mais velho, segurando Kevin fortemente pelos ombros.
Quando foi que a teoria do Joe virou fato?
Kevin me fitou como se pedisse ajuda para entender.
Resolvi falar de uma vez, para tornar aquele momento o menos constrangedor possível.
“Assim como Joe, eu também falhei na hora H. Estamos aqui para saber se algo parecido está acontecendo com você.”
Kevin suspirou e sentou-se na cama,parecendo derrotado.
“Sim, também aconteceu comigo!”
Joe colocou a mão na boca, chocado, seus olhos pareciam que iam saltar para fora. Confesso que também fiquei surpreso.
“É A MALDIÇÃO, A MALDIÇÃO!”-Berrou o bizonho, erguendo as mãos no ar.
“Nada de pânico, deve ter um explicação lógica para isso.”-Afirmei, antes que Joe saísse gritando pela casa que estava amaldiçoado. “Kevin, explica para mim como isso aconteceu.”
“Ontem à noite, eu e Emily estávamos no quarto dela, é... como devo dizer, estávamos... bem... estávamos...”
“FALA LOGO, PELO AMOR DE DEUS!”-Interrompeu Joe, impaciente.
“Droga, Joe, deixa ele contar!”-Falei chateado.
“Estávamos namorando, algumas carícias foram trocadas. Mas eu não fui além disso, pelo motivo que vocês já sabem.”-Kevin estava muito envergonhado. Me perguntei como ele conseguia ser tão tímido.
“Kevin, até onde eu sei, você ainda é virgem, certo? Talvez seu problema seja algo relacionado a isso.”-Falei, tentando manter a conversa em um nível realista.
“Eu cheguei a pensar nessa possibilidade, mas, quando estávamos namorando, eu toquei em partes do corpo de Emily, partes tipo...”
“Tudo bem, Kevin, não precisa entrar em detalhes, isso é tudo muito novo para você.”
“Droga, Nicholas, deixa ele contar!”-Falou Joe, imitando as palavras que a pouco pronunciei.
“Vamos ter um pouco de foco nessa conversa. Precisamos saber o que está havendo de errado conosco, não somos assim, nós mandamos ver, certo?!”-Eu falei tentando animá-los, mas não consegui animar nem a mim mesmo.
“Gente, eu tou dizendo, é a maldição, a maldição das garotas Cyrus!”
“Joe, isso é bobagem. Deve existir outra explicação como disse o Nichlas.”-Respondeu Kevin, mas não senti segurança em sua voz.
“Sim, a outra explicação é que todos nós viramos ...”
“CALA A BOCA, JOE!”-Gritamos Kevin e eu ao mesmo tempo.
“Caras, eu tenho uma plano!”-Informou o irmão mais burro do mundo, com um largo sorriso.
Já passavam da 00:00h. Joe, Kevin e eu estávamos na sala. Nos asseguramos que todos já haviam dormido para pôr o infeliz plano de Joe em ação. Eu não concordei a princípio, mas o fato de estar me sentido meio gay me obrigou a apelar para um sessão de filmes pornô e cervejas. Foi difícil convencer Kevin, devido a sua timidez, mas acho que ele também estava sentindo a necessidade de expressar alguma masculinidade.
“Vocês vão adorar esse filme, eu baixei da internet, se chama bundas frenéticas.”-Falou Je, colocando o DVD no aparelho, enquanto meu irmão e eu sentávamos no sofá.
Kevin me fitou, acho que assim como eu, ele estava achando aquilo desespero demais. Joe sentou-se ao meu lado, satisfeito.
“E lá vamos nós!”-Exclamou ele apertando o botão play do controle remoto. E nada de filme. “Ué, o que aconteceu?”-Perguntou ele, pressionando algumas vezes o botão play.
“Joe, seu filmão não está funcionando.”-Resmungou Kevin.
“Está sim, deve ser algum defeito nesse aparelho de DVD idiota.”-Respondeu ele, chacoalhando o controle remoto.
“Eu vou dar uma olhada no DVD.”-Falei, levantando-me contra a minha vontade.
Foi aí que ouvimos vozes vindo da escada. Virei-me, surpreso, quando percebi que Miley e Emily já se aproximavam de nós.Por puro azar, ou uma tremenda sacanagem do destino, o filme começou a ser exibido.
“OLHA, ESTÁ FUNCIONANDO!”-Gritou ele animado, mas logo se deu conta que as meninas já estavam próximas demais. “ESTÁ FUNCIONANDO, OH, NÃO, ESTÁ FUNCIONANDO!”
Kevin e eu corremos em direção à TV e tentamos fazer uma barreira visual com nossos corpos, para que elas não vissem a imagem pornográfica. Eu estava puto, não precisava que as garotas Cyrus soubessem a que ponto de desespero eu e meus irmãos chegamos.
“Oi, o que você estão fazendo?”-Perguntou Emily.
Joe tentava desesperadamente parar o filme, apertando todos os botões ao mesmo tempo.
“Vendo um filme.”-Respondeu Kevin, com um sorriso amarelo, tentando parecer relaxado, mas ele já estava suando.
“Qual o filme?”-Perguntou Miley, bebendo um pouco da água que continha no copo em suas mãos.
Abri a boca para responder, mas meu cérebro não acompanhou. Meus irmãos me fitaram, esperando que eu respondesse. Só para piorar, o gemido altíssimo de uma mulher, veio da TV atrás de mim. Eu queria matar a pessoa que deixou a TV no último volume.
“É, um... filme de terror!”-Respondi, engolindo seco. Foi a única resposta que eu consegui pensar, para explicar o gemido.
“Ah, que legal, vamos assistir, Miley, nós não estávamos mesmo conseguindo dormir.”-Falou Emily, para o nosso pesadelo, jogando-se no sofá.
“E agora?”-Sussurou Kevin, pelo canto da boca.
Meu Deus, me tira desse pesadelo. Isso não pode ficar pior!
“O que todos vocês estão fazendo acordados?”
“MÃE?”-Gritamos eu e meus irmãos, totalmente surpresos.
Será possível que estávamos tão aflitos com a situação que não percebemos nossa mãe descendo as escadas? Ela sorria inocente.
Os gemidos vindo do filme não cessaram.
“Saiam da frente da TV, nós queremos ver o filme.”-Reclamou a intrometida da Miley.
“Nicholas, Kevin, não sejam mal educados, deixem as garotas assistirem o filme também.”-Murmurou Denise.
OK, ALGUÉM ME MATA, ME MATA AGORA!
Capítulo 02: Aula Pré-Baile
Nicholas Narrando

Eu até poderia sobreviver a essa situação constrangedora se apenas as garotas Cyrus estivessem na sala, mas com minha mãe lá, era praticamente o fim do mundo. Ela nos educou bem demais para retribuirmos bancando os reis da pornografia. 
“Eu estou falando com vocês, rapazes, saiam da frente da TV!”-Ordenou minha mãe, altiva.
Eu podia jurar que Kevin estava tremendo ao meu lado.
Quando vozes vindas da TV começaram a gemer obscenidades, eu soube que estava ferrado. Baixei a cabeça, aceitei a humilhação e dei um passo para longe do televisor. 
“SANTO DEUS DO CÉU!”-Falou nossa pobre mãe com a mão sobre o peito, surpresa ao ver a cena inapropriada no televisor.
Miley parecia chocada quando deixou o copo que segurava cair no chão. Eu até teria rido dos seus olhos arregalados e sua boca entreaberta, se eu não estivesse tão preocupado.
“Olha! Bundas frenéticas!”-Exclamou Emily apontando para o filme.
“Você…você …”-Kevin engoliu seco. “Você conhece esse filme?”
“Não!”-Respondeu meio pálida.
Kevin ficou carrancudo e puxou a tomada do aparelho de DVD. Ele fica esperto e corajoso segundos após uma emergência? Me perguntei se sua atitude tinha a ver com o fato de Emily estar hipnotizada pelo filme. 
“NICHOLAS, KEVIN E JOE! PARA O ESCRITÓRIO DO BILLY, AGORA!”-Esbravejou Denise, visivelmente irritada.
“Espera! Eu não vou levar uma bronca! A CULPA É DAS GAROTAS CYRUS, QUE NOS FIZERAM BROXAR!”-Exclamou Joe, pondo-se de pé e berrando nas últimas palavras.
Eu tive certeza que meu AVC havia iniciado.
“AAAAAAAAAAAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!”-A risada espalhafatosa e altíssima veio de Miley, que já apontava o dedo para mim.
Minha paciência havia esgotado. QUE SE FODA O MUNDO, EU VOU MATAR O JOE!
Miley Narrando

Eu ainda tentava controlar minha crise de riso, quando vi Nicholas, alterado, voar no pescoço do irmão bisonhento. Quando os corpos se chocaram, logo foram ao chão. Denise e Emily começaram a berrar desesperadas. Kevin lançou-se sobre eles. Eu fiquei na dúvida se ele estava tentando separá-los ou se, também tinha a intenção de assassinar Joe. Era bom demais para ser verdade, eu queria que os três se matassem e Denise, como consequência, enfartasse.
“PAREM COM ISSO, PELO AMOR DE DEUS!”-Pediu Denise, choramingando.
“NÃO, NÃO PAREM!”-Gritei, saltitando de felicidade.
Taylor e Billy desceram as escadas correndo. Provavelmente, foram acordados pelos gritos de Denise e Emily.
“NÃO FAÇAM ISSO! POR FAVOR, PAREM!”-Suplicou meu pai.
Eu não sei ao certo como isso aconteceu, mas agora, Joe que tentava estrangular Nicholas e Kevin parecia esforçar-se para conter o Serial Killer. Quase discuti com Billy, como ele me inventa de interferir justo agora?
“PAAAAAAAAAAAAAAAAAAAREEEEEEEEEEEEEEEEEMMMM!!”-Denise esbravejou tão alto que provavelmente acordou os vizinhos. Nossa, mosca morta se revelando! Até eu parei de rir, de tão surpresa que fiquei.
Os anormais Jonas petrificaram. Ficaram lá com a maior cara de bobões, fitando Denise.
“Vamos conversar no meu escritório, por favor.”-Pediu Billy, amistoso.
Nicholas foi o primeiro a sair da sala, carrancudo. Os outros o seguiram em direção ao escritório.
“Não se preocupe, querida, eu vou conversar com eles.”-Sussurrou meu pai, para Denise.

Kevin Narrando

Lá estávamos nós, mais uma vez, no escritório de Billy. Aquele lugar já estava virando nosso consultório psiquiátrico. No enorme sofá cinza, sentei-me. Meus irmãos me acompanharam, cada um sentando de um lado. Nicholas parecia realmente chateado, mantinha um olhar distante e Joe, emburrado, encarava o teto.
“Me contem o que está havendo com vocês, prometo que não vou julgá-los.”-Pediu Billy, sereno.
Olhei para meus irmãos e eles continuavam calados,me pareceu que eles continuariam assim.
Bufei, criando coragem para falar. Afinal, todos logo saberião, pois Miley,com certeza, faria questão de sair espalhando.
“O problema, Billy, é que nós… estamos com um pequeno problema de auto-estima, digamos assim.”-Respondi, tentando parecer calmo, mas, para variar, eu estava começando a suar. Eu odeio quando isso acontece.
“Auto-estima? Por favor, Kevin, esclareça.”-Meu futuro padrasto parecia interessado.
“Nós broxamos, é isso!”-Falou Joe, inesperadamente, ao colocar seu fiel boné no rosto. Nicholas apenas bufou.
Billy riu. E isso me surpreendeu.
“Todo esse alvoroço é por isso? Eu não acredito!”
“Fala assim porque não é com você.”-Murmurou Nicholas, ainda fitando o vazio.
“Isso é normal, pode acontecer com qualquer homem, de qualquer idade.”-Respondeu ele, relaxado.
“Nós estamos amaldiçoados, pois todos nós broxamos na mesma época.”-Falou Joe, em um fio de voz.
“Acalme-se, Joe, deve ter uma explicação racional para o problema de vocês.”-Billy ajeitou-se na cadeira e continuou. “Me contem como aconteceu.”
Imeditamente, Nicholas me encarou. Sua expressão era dura e, ao mesmo tempo, suplicante. Logo percebi porque. Ele não queria que Billy soubesse que ele quase dormiu com sua filha.
Então, tomei a iniciativa de falar primeiro, para que ele pudesse formular uma resposta que não nos fizesse parar em um necrotério.
“Billy, eu… bem, eu sou… virgem. E quando tive oportunidade de mudar esse fato, simplesmente… não consegui.”-Falei, rezando para que o interrogatório acabasse logo.
“Eu estava em uma festa, comi um bolo espacial…depois disso, nada! Nada de Joezinho funcionar quando deveria.”-Disse Joe, parecendo curioso pra saber o que Billy falaria, afinal, ele é médico.
Por fim, após um breve silêncio, Nick manifestou-se.
“Eu realmente queria dormir com essa garota, eu quis durante muito tempo, mas quando tive oportunidade, minha cabeça parecia estar em todos os lugares ao mesmo tempo, não conseguia me concentrar, não conseguia pensar nas coisas certas. Foi frustrante.”-Desabafou Nicholas.
Billy nos analisou por alguns segundos. Então, finalmente, se pronunciou.
“A resposta para o problema de vocês está justamente nas explicações que acabaram de me dar. Ao me explicarem o que aconteceu, vocês mataram a charada. Não estão vendo? Kevin, você queria consumar o ato, mas não conseguiu, porque provavelmente estava nervoso demais por ser sua primeira vez. Deve ter se sentido pressionado a parecer um exelente amante logo de primeira, e acabou por não dar atenção ao que era mais importante, o ato de amor em si. Joe, você estava drogado, o que você esperava? Você pensa que toda droga é viagra? Já você, Nicholas, deve perguntar pra si mesmo o que mudou em você ou na garota, para você perder o interesse nela. Você achava que a queria. Muitas vezes achamos que queremos uma coisa, mas, na verdade, queremos outra.”
Nicholas suspirou e piscou os olhos algumas vezes, ele pareceu-me confuso.
Nossa, Billy entendia mesmo do assunto.
“Agora, me digam, o que tudo isso tem a ver com a briga na sala?”-Perguntou ele.
Nicholas e Joe começaram a rir. Como eles ainda conseguiam rir depois de tudo que passamos?
Miley Narrando

Meu nariz estava coçando, mas eu estava com sono demais para abrir os olhos. Fiz careta e tentei voltar a dormir. Novamente, meu nariz coçou, algo estava pasando pelo meu rosto? Dessa vez, não aguentei. Ergui, cheia de preguiça, a minha mão para coçar. Foi aí que senti o cheiro forte da espuma de barbear que eu acabara de passar no rosto... mas como? Assustada, abri os olhos, e sentei-me rapidamente. Lá estava o capeta em forma de Jonas. Nicholas ria segurando uma pena branca em uma mão e um frasco de espuma de barbear em outra. Só aí, percebi o que o maldito havia feito. Ele encheu minha mão com espuma e usou uma pena para me causar cócegas, só para eu mesma enfiar a espuma na cara. Cerrei os olhos e me preparei para a briga. Mas pensei em outra tática.

“Ai, meus olhos, meus olhos estão ardendo, entrou espuma nos meus olhos!”-Fingi, colocando as mãos no rosto.

“Calma, não entra em pânico.”-Nicholas sentou-se ao meu lado e passou o lençol no meu rosto, tirando a espuma. Aproveitei que ele largou a lata de espuma na cama, peguei-a e borrifei na cara do otário.

Ele levantou-se tossindo. Ao que pareceu, entrou um pouco de espuma na boca dele. Por mim, ele poderia até engolir tudo e fingir que era chantilly.

“Sua cretina!”-Xingou ele, limpando-se.

“Eu deveria era te encher de pancanda, seu escrôto!”

“Quanta novidade, você só pensa nisso.”

“É, nisso você está certo, eu…”-Parei, olhei para o relógio no criado mudo e marcavam 7:00h. Ah, não, o idiota invadiu meu quarto novamente, só pra me torturar correndo? Cara, preciso começar a trancar essa porcaria de janela.“Que merda, Nicholas, nem vem, eu não vou correr!”

“Onde está seu pote do palavrão?”-Perguntou ele, sério.

Dei de ombros, mas ele logo avistou o pote no chão, próximo à cama.Nicholas o apanhou, olhou para os lados, sorriu, pegou uma caneta pilot que havia em cima da minha mesa de cabeceira e começou a desenhar algo no pote.

Revirei os olhos. Até quando eu teria que aturar aquele babaca?
“O que você está fazendo?”-Perguntei impaciente.
Minha resposta foi respondida quando ele me mostrou o pote. O imbecil havia desenhado uma enorme cara zangada no meu pote. Embaixo, havia escrito “namorado de Miley”.
“Quanta babaquice.”-Arfirmei, tomando o pote de suas mãos e jogando para longe. Infelizmente, o pote não quebrou quando caiu no chão.
“Eu avisei para estar sempre com ele, é o seu namorado agora, durma com ele todas as noites!”
“Você está mesmo falando sério quando diz essas coisas?”-Questionei, intrigada.
“Eu pareço estar brincando?”-Respondeu, ríspido.
Bufei.
“Nicholas, eu já disse que você é babaca?”-Falei, lhe jogando um travesseiro.
“Todo dia!”-Respondeu, sentando-se na cama. “Eu não estou aqui para te convencer a correr. Como você já sabe, nós vamos ao tal baile à fantasia do amigo do seu pai, e vim lhe informar que já convidei o Liam.”
Quando ele falou o nome de Liam, meu estômago embrulhou, eu ficava nervosa só de pensar na possibilidade de revê-lo.
“Vamos pular o papo furado, eu preciso lhe dar uma aula pré-baile.”
“Mas... mas... o baile é hoje à noite... eu não saberei o que fazer, não vai dar tempo!”-Disse-lhe, me jogando na cama. Eu não fazia idéia de como encararia Liam, depois do incidente na calçada do hotel.
“Deixa de ser lerda, Miley, o que você acha que eu estou fazendo aqui? Anda, não podemos perder mais tempo.”-Nicholas resmungou, puxando-me pelo braço para fora da cama.
Me senti meio atordoada, eu precisava acordar direito, e digerir o fato de que, em algumas horas, eu iria reencontrar Liam.
“Espera, eu vou trocar de roupa, lavar o rosto e escovar os dentes.”
“É bom mesmo, você está com um bafo...”-Falou o Jonas, rindo.
Franzi a testa ,encarando-o, ainda assim, não parti para cima dele. Fui para o banheiro, tentando não ter um crise de ansiedade.

Nicholas Narrando

Sentei-me na cama para esperar a Cyrus, torci para que ela não demorasse. Ela não estava nem um pouco preparada para reencontrar Liam, disso eu tinha certeza. Ia ser preciso um milagre para ensiná-la a se comportar como uma garota agradável nessa festa. Tudo bem que eu não esperava que ela mudasse do dia para noite, mas ela poderia ao menos se esforçar e não ficar me importunando.
Eu estava meio na dúvida do que deveria lhe ensinar, haviam tantas coisas, mas o tempo era curto e ainda nem havíamos escolhido as fantasias. Esfreguei o rosto, tentando me concentrar nos detalhes mais importantes.
Será que Miley estaria pronta para um primeiro beijo com Liam? Inesperadamente, lembranças inundaram meus pensamentos.
O beijo com Miley. Beijar a garota não havia sido como eu esperava.

"Mini Flashback"

Me aproximei de Miley lentamente. Desejava, naquele momento, dar-lhe meu melhor beijo, um beijo que dei em poucas mulheres ao longo da minha vida. Almejava convencê-la de que ela poderia beijar tão bem quanto eu. Bastava ceder e aceitar o acordo que lhe propus. Um acordo que poderia salvar o relacionamento da minha Denise.

Miley parecia confusa, como se estivesse se questionando se aquilo era correto. Eu não pude evitar, também me perguntei o mesmo. Mas, pensei no quanto poderia ajudar minha mãe e ignorei os avisos mentais de que, eu estava prestes a beijar a pior garota do mundo.
Ficamos a poucos centímetros. Cyrus respirava com dificuldade, provavelmente nervosa. Tive vontade de rir, como ela poderia ficar nervosa só por causa de um simples beijo? Tudo bem que eu percebi que ela jamais havia beijado antes, ainda assim, era só um beijo.
Nossos rostos nunca ficaram tão próximos, era estranho. Com meu braço esquerdo enlacei delicadamente a cintura dela, não queria assustá-la. Meus lábios abriram-se em expectativa. Suspirei e, nesse momento, algo inesperado aconteceu. Fui atingido por um súbito nervosismo, foi como se um raio tivesse me atingido. Eu não sei de onde ele veio, apenas sentia-o percorrer meu corpo. Me forcei a continuar, acariciei as costas de Miley delicadamente com a ponta dos dedos, até pude sentir ela arrepiar-se. Me aproximei ainda mais de seu rosto, rocei sutilmente meus lábios nos dela, provocando-a, queria deixá-la ansiosa. Aquilo, para minha surpresa, me fez estremecer, e eu tive vontade de apronfudar o beijo imeditamente, porém, me detive. Afinal, era o primeiro beijo de Miley. Com minha mão direita, percorri cuidadosamente o seu braço até chegar em sua nuca, onde meus dedos estrelaçaram-se em seus sedosos cabelos. Meus olhos fixaram-se nos lábios trêmulos de Miley, quando ela não estava tagarelando, até que sua boca era bonita, linhas perfeitas e uma tonalidade graciosa de rosa. Não resisti e toquei seu lábio inferior com a ponta da minha língua. Daí, foi impossível não sugá-lo. Meu plano era permanecer de olhos abertos durante todo o beijo, mas contra a minha vontade, meus olhos fecharam-se. Meu coração palpitou, me alertando que a adrenalina pulsava em minhas veias, e um súbito gemido escapou de mim. Ignorei o fato de que talvez a Cyrus tivesse me ouvido. Tentei me conter, mas já não era possível. Enfiei gentimente, minha língua dentro da boca dela, Miley sugou-a meio desajeitada. O estranho é que, ainda assim, foi gostoso. Senti os braços dela em volta do meu pescoço, isso nos fez ficar tão colados que eu podia sentí-la quente e trêmula contra mim. O objetivo era ensinar Miley a beijar, a lhe mostrar o que fazer e como fazer. Porém, meus intintos estavam quase me dominando. O beijo que antes era suave, se tornou intenso quando comecei a lhe sugar a língua.
A boca de Miley era adocicada, virginal, e isso quase me fez gemer outra vez. Mordisquei algumas vezes seus lábios, isso era algo que, definitivamente, queria que ela aprendesse. Segurei-a firme, forte em meus braços, não querendo que, após beijar Liam, ela achasse que eu era um zé mané. Então, tudo ficou meio confuso, eu estava tentando me concentrar em ensiná-la da melhor forma, mas era como se algo tivesse explodido dentro de mim. Fui entregue às sensações, fui jogado em um turbilhão de sentimentos imcompreensíveis. Todo meu corpo estava reagindo de forma inesperada, era como se tivessem ejetado alguma droga em minha veia. Decidi tomar o controle da situação e impedir que meu corpo reagisse de forma inapriopriada e constrangedora. O beijo voltou a ser suave e então, para me despedir das estranhas sensações, mordisquei pela última vez, o lábio inferior de Cyrus.
Quando nos afastamos, ambos estávamos ofegantes. Miley fraquejou, mas felizmente, segurei-a antes dela ir ao chão. Não consegui evitar de rir, ela estava mesmo envergonhada. Será que beijei tão bem assim?

"Fim do Mini Flashback"
Tentei dissipar as lembranças do beijo que eu e Miley trocamos. Eu precisava me concentrar nas coisas certas. Tudo bem que o beijo com Miley foi bem diferente do que foi com Taylor, ou com a maioria das mulheres que já beijei, mas deve ter sido mesmo o momento. Todo aquele nervosismo de tentar convencê-la a aceitar o acordo, meu empenho para que ela tivesse um excelente beijo... um monte de coisas pode explicar isso. Não vou ficar grilado, tudo que tenho que fazer é cumprir minha parte no acordo. Tornar Miley, uma mulher por quem todos os homens se apaixonariam.
“NCHOLAAAAAAAAS!”-Sobressaltei ao ouvir o grito.
Olhei para o lado e Miley estava emburrada com as mãos na cintura.
“O que foi?”-Perguntei confuso.
“Estou aqui faz um tempão te chamando, você surtou, seu tapado? Você, por acaso, dorme de olhos abertos?”
Revirei os olhos. Cara, que garota chata! 
“Vamos logo iniciar essa droga de aula, que eu já estou de saco cheio!”-Respondi pondo-me de pé.

Miley Narrando

Nicholas estava, sem dúvida, estranho. Que Jonas mais anormal!
Miley...”-Disse ele, coçando a cabeça.
“Sim?”
“Eu estava pensando, se você, por um milagre, conseguir se aproximar de Liam na festa. Eu acho que você não deveria beijá-lo, não ainda.”
“Por que não?”-Perguntei curiosa.
“Bem, seria muito fácil. Eu já lhe falei que você precisa bancar a difícil, queremos que Liam se apaixone por você, e não que fique com você uma noite e no outro dia, nem se lembre. Precisamos fazer ele correr atrás de você.”-Nicholas riu. “Acho que nunca vi Liam correr atrás de mulher alguma, isso vai ser engraçado de se ver.”
Sorri também, a única coisa que gostava nas aulas do Jonas, era que ele sempre fazia as coisas parecerem muito fáceis.
“Então, o que vou aprender?”-Perguntei, rezando para não ser a aula de como “desfilar” novamente.
“É uma festa, certo? Nem em um milhão de anos eu vou conseguir fazê-la dançar bem. Porém, acho que podemos treinar um pouco, para que você não pague um mico gigantesco.”-Falou Nicholas, direcionando-se para o meu aparelho de som.
“Ei! Eu não danço assim tão mal!”-Respondi aborrecida.
Nicholas ergueu a sobrancelha, enfiou a mão no bolso da calça e puxou o celular.
“Você chama isso de dançar?”-Perguntou ele, mostrando-me um vídeo que nem acreditei.
MEU DEUS DO CÉU, ISSO AQUI SOU EU DANÇANDO A MACARENA???
Engoli seco, que porra eu achava que estava fazendo ali, me chacoalhando com Joe e Emily?
Nicholas ria da minha cara atônita.
“É, eu sei. Ridículo, né?”-Provocou o imbecil.
“Não! Não ficou ruim!”-Mentira, estava pavoroso. Até minha falecida vozinha dançaria a macarena melhor que eu.
“Nicholas, apaga essa porcaria de vídeo!”-Ordenei, tentando pegar o aparelho, mas ele se esquivou.
“Está louca? Eu vou colocar no YouTube!”
Arregalei os olhos.
“Brincadeirinha.”-Falou ele, antes que eu enfartasse. “Mas, não vou apagar, é uma doce lembrança, esse vídeo. Cura qualquer depressão!”
Bufei, me perguntando se Nicholas estava querendo levar na cara.
“Vamos logo iniciar essa aula, não temos muito tempo.”
Após minutos revirando meus CDs, ele, finalmente, colocou um no aparelho de som. Não demorou para que começasse a tocar “One Step At A Time de Jordin Sparks”.
“Agora, dança, Miley!”-Ordenou ele,f itando-me sério.
Engoli seco. Se já era contrangedor dançar, com Nicholas analisando era ainda pior. Me lembrei que as horas estavam passando e logo eu estaria em um baile com Liam. Então, me agarrei à coragem e comecei a dançar timidamente. Mexi os pés para lá e para cá, movimentando meu corpo, o mínimo possível.
“Pára tudo! É para dançar e não ficar de um lado para o outro, feito um zumbi.”-resmungou NICKZINHO.
Encarei-o furiosa. Que filho da mãe!
“Vem cá!”-Pediu ele, me sinalizando com o dedo. E eu, anta, fui.
O Jonas me segurou pelos ombros, me obrigando a ficar com a coluna ereta. Eu revirei os olhos. O que ele pensava que estava fazendo?
“Abre as pernas.”
“Hein?”
“Afasta as pernas um pouco Miley.”
Afastei. Nicholas pôs as mãos na minha cintura e me obrigou a mexer um pouco. Foi um saco!
“O segredo é mexer os quadris no ritmo da música e acompanhar a batida com o resto do corpo.” 
Nicholas mexia o corpo suavemente,ainda segurando-me pela cintura e eu o acompanhei.
“Sinta o ritmo, sinta a batida!”-Ordenou ele quando começamos a nos mover de um lado para outro, um pouco mais rápido.
Sorrimos quando percebemos que estávamos tendo algum progresso. Nicholas soltou minha cintura e começou a movimentar os braços. Eu o acompanhei, realmente me esforçando.
Era incrível, acompanhar a batida realmente ajudava. Por incrível que pareça, eu estava me divertindo.
“Passe suas mãos pelo corpo.”-Falou ele.
Eu não sabia ao certo como fazer, mas me lembrar dos vídeos musicais e filmes, me ajudou. Passei as mãos pelos cabelos e, lentamente, fui descendo pelos ombros até a cintura e, por fim, quadril, o qual aprendi a mexer um pouco.
Para minha surpresa, Nicholas sorriu e balançou a cabeça, sinalizando um “muito bem”.
Não era tão difícil quanto eu imaginei. Certo que eu não estava dançando como uma profissional, mas, dava para enrolar. Continuei mexendo um pouco os pés e o corpo, movimentando os braços e, por vezes, passando a mão pelo corpo.
Ficamos os dois lá dançando por alguns minutos. Ri mentalmente, imaginando que Nicholas deveria estar chocado pelo fato de eu conseguir acompanhá-lo.
Então, ele parou, pegando o controle remoto do meu som, e pulou algumas faixas, procurando uma música qualquer. Foi aí que começou a tocar “Next To You ainda Jordin Sparks”.
“Se tivermos sucesso hoje, Liam te convidará para dançar. Então, vamos ensaiar como você deve dançar a música lenta.”-Disse Nicholas, posicionando-se à minha frente.
O que eu tenho que fazer? Calma, Miley! Calma!
Nicholas pegou meus braços e colocou-os em volta do seu pescoço. Suas mãos logo foram para minha cintura. Fiquei um pouco nervosa, acho que pelo fato de não querer pagar mico outra vez. O ar que me faz respirar perdeu-se em algum lugar entre meus pulmões e garganta. O Jonas me encarou por um segundo e, surpreendentemente, ele não estava com seu típico sorriso zombador nos lábios.
“Respire!”-Ordenou ele.
Abruptamente, suspirei alto, o ar que saiu forte da minha boca foi de encontro ao rosto de Nicholas, que piscou os olhos algumas vezes.
“Ainda bem que você escovou os dentes.”-Disse ele, rindo. Não resisti, a minha risada saiu naturalmente.
Nicholas começou a mover-se de um lado para outro, vagarosamente. Meus pés acompanharam.
“Continue no ritmo, Miley, você está indo bem.”-Disse ele, puxando-me para si.
Ficamos dançando suavemente por cerca de um minuto, então, Nicholas afastou-se, pegou minha mão direita e me girou. Quando nossos rostos se encontraram mais um vez, ele sorriu satisfeito. Provavelmente, se achando o melhor professor de dança do mundo.
Nicholas, sutilmente, juntou seu corpo ao meu e, dessa vez, suas mãos ficaram em minhas costas.
Continuamos a dança. Eu adorava aquela música, só nunca esperei dançá-la com alguém, ainda mais com meu inimigo Nicholas retardado Jonas. Eu não sou o tipo de garota que curte dançar, que tem desenvoltura para isso. Porém, dançar ali, estava sendo surpreendentemente fácil e agradável.
Respirei profundamente e o perfume de Nicholas adentrou minhas narinas. Não que ele fosse cheiroso, mas... bem... ao menos o perfume era muito bom. Qual seria marca? Provavelmente, Hugo Boss. Eu estava distraída tentando adivinhar o nome do perfume, quando algo inesperado aconteceu. Senti a mão de Nicholas apalpando minha bunda.
Saltei para trás, embasbacada, e, para o meu azar, pisei na droga do pote de palavrão e meu corpo foi ao chão, me fazendo cair sentada.
“QUE PORRA VOCÊ ACHA QUE ESTÁ FAZENDO?”-Gritei, horrorizada.